terça-feira, 25 de junho de 2013

LANÇADA CARTILHA QUE ABORDA AS CONDIÇÕES DE TRABALHO PARA O SETOR FRIGORÍFICO

A ideia é que a cartilha sirva de ferramenta de consulta para os trabalhadores do setor e que também ajude a combater a precarização do trabalho.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) lançou nesta segunda-feira (24), em São Paulo, uma cartilha de bolso que pretende ajudar o trabalhador do setor frigorífico a entender seus direitos e cobrar melhores condições de trabalho. A Cartilha dos Trabalhadores do Setor Frigorífico tem 208 páginas e será distribuída, em um primeiro momento, aos sindicatos, que a encaminharão a seus filiados.

A cartilha aborda as novas condições de trabalho nas empresas de abate e processamento de carnes e derivados do país estabelecidas por meio da Norma Regulamentadora 36, publicada no Diário Oficial em 19 de abril deste ano. A norma é composta por mais de 200 itens e foi elaborada de forma tripartite, com participação do governo, empresas e sindicatos dos trabalhadores.
Além do lançamento da cartilha, a entidade divulgou hoje uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que traça um perfil dos trabalhadores da indústria da carne no país com base em informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2011, do Ministério do Trabalho e Emprego.

O levantamento indicou que o número de trabalhadores na indústria da carne era, em 2011, de 413.540, com remuneração média de R$ 1.176,41, considerando-se apenas os trabalhadores formais. De acordo com Fernando Amorim, economista do Dieese, a pesquisa, constatou, por exemplo, “que homens e mulheres não ganham a mesma coisa e que os trabalhadores do Nordeste ganham menos que os colegas do Sudeste”.

“Cerca de 71% [dos trabalhadores do setor] estão nas regiões Sul e Sudeste, onde estão também as maiores remunerações”, disse Amorim. Outro dado da pesquisa indica que 59% do total de trabalhadores do setor são homens e 41% mulheres. “Mas a remuneração das mulheres atinge 73% da remuneração dos homens, em média. Não se pode mais aceitar que uma mulher ganhe menos que um homem fazendo a mesma função”, disse o economista.


Fonte: http://www.otempo.com.br/

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