segunda-feira, 1 de maio de 2017

A HISTÓRIA DO 1º DE MAIO

1º de maio é comemorado o dia do trabalhador, também lembrado como dia do trabalho. Além do Brasil, vários outros países são declarados feriado nesta data, que é dedicada às manifestações, festas, eventos, etc.

A história desse dia teve início no século XIX, mais precisamente no ano de 1886, quando houve na cidade de Chicago, uma grande manifestação, onde milhares de trabalhadores foram para as ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da carga horária de trabalho diária de treze para oito horas. No mesmo dia iniciou-se uma greve geral nos Estados Unidos.

No dia 3 de maio do mesmo ano, dois dias após as manifestações terem acontecido, houve um conflito entre policiais e trabalhadores, o que gerou revolta e mais conflitos com a polícia. No dia seguinte (04/05/1886), manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, e provocaram a morte de sete soldados. Com a perda de sete homens, a polícia revidou com tiros contra os manifestantes, matando 12 e ferindo dezenas deles.

Após três anos às manifestações terem acontecido, exatamente no dia 20 de junho de 1889 foi convocado em Paris (Capital Francesa), uma manifestação anual com objetivo de reivindicar as horas de trabalho, a qual foi programada para o dia 1º de maio, em homenagem as manifestações ocorridas três anos antes, na cidade de Chicago.

No ano de 1919, precisamente no dia 23 de abril, o Senado francês validou as oito horas de trabalho diária e declarou o dia 1º de maio como feriado. Alguns anos após, outros países seguiram o exemplo da França, decretando a data como feriado à nível nacional.

No Brasil a data é comemorada oficialmente desde do ano de 1925, após o então presidente Arthur da Silva Bernardes ter sancionado o decreto nº 4.859 de 26 de setembro de 1924, publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 - 28/9/1924, Página 20955 o qual decretava oficialmente como feriado nacional o dia 1º de maio em todo o país, destinado à comemoração dos mártires do trabalho e confraternização das classes operárias.

Mais tarde, o então presidente Getúlio Vargas passou a divulgar a criação de Leis e outros benefícios trabalhistas na data, deixando de lado o caráter de protesto, para assumir uma direção comemorativo e então intitulou a data como "Dia do Trabalhador".

No ano de 1940, o então presidente Getúlio Vargas criou o salário mínimo, o qual deveria suprir as necessidades básicas de uma família, entre elas: moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer.

No ano seguinte, em 1º de maio de 1941, Getúlio Vargas criou a Justiça do Trabalho, para resolver questões judiciais relacionadas ao trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

A criação da Consolidação das Leis de Trabalhistas (CLT) foi instituída através do Decreto-Lei nº 5.452, em 1º de maio de 1943, também pelo ex-presidente Getúlio Vargas e entrou em vigor no dia 10 de novembro do mesmo ano.


Inicialmente a data surgiu como dia para fazer manifestações em homenagem àqueles que haviam perdido suas vidas durante as manifestações em busca de melhores condições de trabalho e foi intitulado com “Dia do Trabalho”. Com o passar do tempo o objetivo principal foi deixado de lado e a data passou a ser um dia de comemorações, passando a ser chamada de “Dia do Trabalhador”.