Especialista em segurança do
trabalho explica que a educação profissional também é uma medida preventiva
A indústria da construção
civil é um dos setores que mais apresentam índices de acidentes de trabalho,
geralmente ocasionados pela falta de capacitação profissional dos funcionários
de um profissional especializado para orientar e direcionar as práticas de
trabalho cotidianas às políticas preventivas contra acidentes de trabalho, além
de fiscalizações constantes por estes
profissionais, a fim de preservarem a integridade física e emocional dos
funcionários.
Os trabalhos na área da construção civil são
regulamentados e respaldados pelas normas inseridas na Portaria 3214/78 do
Ministério do Trabalho e Emprego – (MTE). Essas normas estabelecem regras que
devem ser aplicadas à construção civil. Dentre as normas, faz-se presente a
NR-18, a qual determina diretrizes administrativas, de planejamento e
organização que tratam de medidas de controle e sistemas preventivos de
segurança nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da
construção.
O especialista em segurança
no trabalho e coordenador do Senai de Educação da Construção Civil de Bayeux,
Fábio Barbosa, explica acerca dos
fatores responsáveis por ocasionar os acidentes no trabalho e ratifica que
acontecem justamente pela falta de capacitação da mão de obra e de
investimentos. “Vários são os fatores, no entanto, alguns se evidenciam mais,
entre eles, a falta de qualificação profissional, orientando o trabalhador não
apenas em seu ofício, mas com preservação da sua integridade física e
emocional.Outro fator é a falta de investimento na área de segurança do
trabalho. Quando digo isso não me refiro apenas à distribuição de Equipamento
de Proteção Individual (EPI), mas também a implantação de um programa de gestão
de segurança nas empresas, que vai de sensibilização através de palestras à
contratação de profissionais da área, tipo, técnico em segurança do trabalho e
tecnólogo em segurança do trabalho, entre outros e, sem necessariamente
depender da obrigatoriedade da formação do SESMT.” , falou.
O especialista evidência a
educação profissional como porta de entrada para a garantia da segurança no
ambiente de trabalho, como sendo também uma das principais estratégias de
prevenção de acidentes de trabalho na construção civil e destaca também a
importância das empresas investirem nesse setor. “Educação profissional é a
principal estratégia. Não adianta ter um profissional no canteiro onde ele não
tenha recebido orientações prevencionistas dentro do seu ofício. A prevenção é
algo que faz parte da cultura profissional que é adquirida através das práticas
profissionais. Se a empresa não investir nesta prática, ela terá ótimos
cumpridores de tarefas, não profissionais, inclusive descomprometidos com a
segurança.”, ratificou.
Por fim, Fábio Barbosa fala
da importância que os aparelhos técnicos utilizados na construção civil possuem
na perspectiva de amenizarem as possíveis consequências advindas de acidentes
que podem ocorrer durante o trabalho, e da prevenção que pode ser feita através
de palestras e treinamentos. “Infelizmente nada garante a segurança do funcionário
se não houver comprometimento por parte do empregador e do empregado, nada nem
nenhuma ação terá êxito.O Equipamento de Proteção Individual (EPI), é um dos
meios utilizados para amenizar o dano causado por um acidente, no entanto ele
não evita o acidente. Em virtude disto, este deve ser utilizado só após terem
esgotadas às tentativas de eliminar os riscos de acidentes, quer seja pela
neutralização do perigo ou pela utilização dos Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPC). O que também pode ser feito é a adoção de medidas
administrativas de prevenção, que podem ser através de palestras e treinamentos
entre outros, inclusive com a realização da Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho (SIPAT).”, finalizou.
Por Secy Braz
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