sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SEM PAE NEM MÃE


Faz tempo que escuto empresas reclamando do paternalismo da Justiça trabalhista, mas depois que começaram a aparecer meus primeiros fios de cabelos brancos, comecei a perceber que em geral é uma adoção forçada.

Na relação empregado/empregador deve estar claro a fragilidade do empregado e como consequência tem ao seu lado da balança o direito da dúvida. Já o empregador tem a obrigação de comprovar a sua condição.

Porém é exatamente neste ponto que muita empresa acaba falhando. Vamos pensar um pouco sobre o assunto. Você acredita que se uma empresa estiver solidamente documentada há alguma possibilidade de a Justiça pender a favor do trabalhador? Não consigo pensar em outra resposta, além de um sonoro “não”.

Infelizmente na área de saúde e segurança do trabalho registros incompletos ou inexistentes são frequentes. Vejamos alguns exemplos: falta da cautela de EPIs, avaliações ambientais incompletas, laudos inexistentes, treinamentos sem registros, falhas nas inspeções e muito mais.

Ou seja, uma verdadeira “lambança” documental que covardemente tenta responsabilizar a Justiça chamando-a de paternalista, quando na verdade a empresa é que está sendo uma mãe para aqueles trabalhadores que acionam judicialmente o empregador.

Para cortar todos estes “vínculos familiares” o profissional de segurança do trabalho precisa estar consciente da importância de uma atenta gestão documental. Desta forma o trabalhador que agir de má fé não conseguirá um pai nem com exame de DNA no Programa do Ratinho.

Fonte: Jornal Segurito

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