Você já parou para pensar
porque é tão difícil fazer com que o trabalhador siga os procedimentos de
segurança e não se arrisque? Pois bem, se você olhar em volta vai perceber que
vivemos em uma sociedade que tem uma verdadeira idolatria ao risco.
Como assim, professor?
Você torce pelo piloto que
faz as manobras mais arriscadas ou para o mais prudente? Qual o melhor policial
do “filme hollywoodiano”, o que aguarda o reforço ou o que entra sozinho
mandando bala? E o artista circense, será que ele manteria nossa atenção se não
estivesse no limite de sua habilidade e totalmente exposto ao risco? Até
expressão popular nos induz neste sentido. Quem não conhece a frase: “Quem não
arrisca não petisca!”.
Além desta indução ao que é
arriscado, ainda temos outro problema. A maioria dos trabalhadores não tem a
total percepção dos riscos da sua atividade. Até entende que algo pode vir a
acontecer, mas não com ele, pois na cabeça dele seu entendimento é o seguinte:
- Faço isso há anos e, além disso, sou “safo” no que faço.
Para completar nossa
angústia, toda exposição ao risco traz algum tipo de recompensa. Como por
exemplo, o status de corajoso em relação aos demais colegas ou o simples fato
de concluir determinada atividade mais rápida.
E o que, em geral,
oferecemos a este trabalhador?
- Fulano, você é obrigado a
fazer assim!! - Beltrano se você não fizer deste jeito você pode não chegar em
casa hoje!!
O problema é que o
trabalhador não é bobo e sabe que na maioria das empresas a obrigação só irá
ocorrer se você estiver por perto e, além disso, você fala isso faz dias e todo
dia ele continua chegando inteiro em casa.
Professor assim não dá,
estou para rasgar o diploma e mudar de emprego! Não desista tão fácil. O
primeiro passo para derrotar o inimigo é conhecê-lo e a nossa vida é conhecer
os riscos.
Então vamos contra atacar
identificando os riscos e divulgando suas consequências. Conversando com o
trabalhador para tentar identificar quais são os benefícios que o está obtendo
com aquele modo de agir e estimular benefícios seguros. Ou seja, nossa
principal arma deve ser a informação, pois quanto mais o trabalhador sabe e
respeita os riscos de sua atividade, mais fácil será convencê-lo a seguir determinado
procedimento de segurança.
Fonte: Jornal Segurito
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