União,
estados e municípios são obrigados a recolher o Fundo de Garantia para
servidores não efetivos.
Uma decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF) abre brechas para que União, Estados e
Municípios sejam obrigados a pagar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) a todos os servidores contratados sem concurso público.
Ao
julgar, os ministros definiram que os envolvidos nesse tipo de contrato têm
direito não apenas ao salário pelo período trabalhado, mas aos depósitos do
FGTS em caso de demissão. A eles não é concedida, no entanto, a multa de 40% do
fundo, que no setor privado é paga pelo empregador.
Pela Constituição Federal, estados podem contratar funcionários sem seleção desde que seja em caráter emergencial e período determinado. No entanto, na prática, esses contratos são renovados por tempo indefinido – medida que foi considerada nula pelo STF, implicando na perda dos demais direitos trabalhistas para o empregado. Os ministros decidiram ainda que a regra terá repercussão geral, ou seja, será aplicada a todas as ações que tenham conteúdo semelhante. Somente no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e instâncias inferiores há hoje pelo menos 432 ações envolvendo servidores contratados irregularmente pelo poder público.
O
recolhimento do FGTS para os casos de contratos da administração pública
considerados nulos foi garantido por meio da Lei 8.036/90, que regulamenta o
benefício (Art. 19-A. É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do
trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas
no art. 37, § 2o, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001
Fonte:
Revista Norminha
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