sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PROTEÇÃO DOS PÉS

Os calçados de uso profissional protegem os pés dos trabalhadores dos riscos existentes nas diversas atividades laborais.

No mercado há variedade de modelos, materiais e soluções. A escolha deve considerar o campo de uso, a necessidade de proteção e o conforto.
Os calçados devem estar em conformidade com os requisitos estabelecidos pelas normas ABNT NBR ISSO, que seguem a classificação:

- ABNT NBR ISSO 20.345:2008 – Calçado de Segurança (possuem biqueiras que protegem contra energia de impacto de até 200 Joules e resistência à compressão de até 10 kN);

- ABNT NBR ISSO 20.346:2008 – Calçado de Proteção (possuem biqueiras que protegem contra energia de impacto de até 100 Joules e resistência à compressão de até 10 kN);

- ABNT NBR ISSO 20.347:2008 – Calçado Ocupacional (não possuem biqueiras de proteção, mas devem atender pelo menos outro requisito de proteção).

Os tipos de calçados de segurança conforme a NR 6 – EPIs, são:

Agentes de Energia Elétrica

O cabedal pode ser em couro e o solado em PU, que proporcione resistência elétrica ou com borracha especifica para o risco. Há calçados impermeáveis em borracha. Pode atender a outros riscos (exceto umidade) desde que testado e comprovado pelo CA.


Antiestático: calçado de segurança, de proteção ou ocupacional cuja resistência, quando medida de acordo com a norma AB-NT NBR ISSO 20344:2008, item 5.10, está acima de 100 k e abaixo ou igual a 1000 M.

Isolante Elétrico: calçado de segurança, de proteção ou ocupacional que protege o usuário contra choques elétricos, prevenindo a passagem de correntes perigosas através do corpo, pelos pés.

Respingos de Produtos Químicos

A degradação permeação e tempo de resistência devem ser considerados na hora da escolha. Calçados em couro emborrachado com soldado em PU. Para trabalhadores que tenham contato com substancias químicas em industrias e laboratórios. Poderá também atender a outros riscos desde que testados e comprovados pelo CA.

Agentes Mecânicos
Calçados tipo bota ou coturno, com biqueira de proteção e cabedal confeccionado com material anticortante Indicado para trabalhos com uso de motos serras.

Umidade

Devem ser hidrofugados (resistentes à penetração e absorção de água) ou impermeabilizados (resistentes ao vazamento). Quando há exposição maior à água, recomenda-se calçado impermeabilizado inteiro em borracha ou inteiro polimérico. Usado em ambiente com uso de águas ou áreas alagadas. Poderá também atender a outros riscos (exceto o risco elétrico) desde que testados e comprovados pelo CA.

Agentes Cortantes e Perfurantes

Devem possuir palmilhas antiperfurantes e anticortantes em aço ou outro material resistente. Pode ser em couro, laminado sintético, PVC, PU ou borracha. Usado em ambientes onde existem materiais perfurantes e cortantes (construção civil, serviços de limpeza urbana, cervejarias e industrias). Poderá atender também a outros riscos desde que testados e comprovados pelo CA.

Agentes Térmicos

Para altas temperaturas pode ser em couro com solado de borracha nitrílica ou fibra de carbono. Para baixas temperaturas pode ser em couro, PVC ou PU, com solado de borracha natural. Outros materiais poderão ser utilizados na forração e palmilhas para melhorar o resultado dos ensaios. Usados em ambientes com altas temperaturas ou setores com temperatura baixa (frigoríficos e câmaras frias). Poderá atender também a outros riscos desde que testados e comprovados pelo CA.

Impacto de Quedas de Objetos

Possuem biqueiras em aço ou composite que resistem à energia de impacto de até 200 joules e à compressão de até 15 kN (calçado de segurança), ou a energia de impacto de até 100 Joules e a compressão de até 10 kN (calçado de proteção). Pode ser em couro laminado sintético, PVC, PU ou borracha. Usados em ambientes com riscos de impactos devido à queda de objetos sobre os artelhos. Poderá proteger de outros riscos desde que testados e comprovados pelo CA.

Certificação

O processo de certificação e renovação dos calçados de uso profissional deve seguir os parâmetros estabelecidos na NR6 e portarias Nº 121/2009 e 126/ 2009. São encaminhadas amostras do calçado e materiais utilizados em sua confecção para laboratório credenciado pelo MTE. Após aprovação é emitido o Relatório de Ensaio que é enviado junto com outros documentos para avaliação do DSST/MTE que emitirá o CA com validade de 5 anos. A renovação do certificado passa pelo mesmo processo.


Revisão: José Luiz Hurmann Filho, Técnico de Segurança do Trabalho e responsável pelo departamento técnico da Bompel



Fonte: Revista Norminha

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