Número de dias de
afastamento devido a acidentes desabou 93,4%
Após firmar termo de
ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande
do Sul (MPT-RS), a Dana Indústrias Ltda., de Gravataí, atualmente com 1447
empregados, diminuiu radicalmente as taxas de acidentes de trabalho, afastamentos
e doenças ocupacionais entre seus trabalhadores. Em comparativo realizado entre
dados de 2008, ano em que foi firmado o TAC, e após o seu total cumprimento, em
2013, restou constatado que o número de acidentes de trabalho caiu 62,5%, de 32
para 12 acidentes a cada 1 milhão de horas trabalhadas; a taxa de gravidade de
acidentes caiu 93,4%, de 1122 para 74 dias de afastamento para cada 1 milhão de
horas trabalhadas; e a taxa de frequência de afastamentos caiu 75%, de 12,92
para 3,22 afastamentos para cada 1 milhão de horas trabalhadas. Também se
observou a queda da frequência das doenças ocupacionais em 87,2%, de 6,46 a 0,8
casos de doença para cada 1 milhão de horas trabalhadas na empresa.
A empresa firmou o TAC em 2008, com a
tarefa de regularizar de forma integral seu meio ambiente de trabalho. Para
tanto, elaborou e implementou novo Programa de Prevenção de Riscos (PPRA),
realizou a Análise Ergonômica de todos os postos de trabalho, nos termos da
Norma Regulamentadora (NR) nº 17, assim como a Análise dos Riscos, nos termos
da Norma Regulamentadora (NR) nº 12, de todo o maquinário da indústria,
composto de cinco grandes parques. Além disso, a Dana passou a controlar de
forma eficaz a concentração de resíduos gasosos dos locais de trabalho, em especial
o acetato de butila e orgânicos aromáticos e alifáticos. Para viabilizar o
cumprimento integral de todas as obrigações, foi elaborado cronograma de
implementação das melhorias necessárias, que foram identificadas nas análises
realizadas. O inquérito civil, conduzido pela Procuradora do Trabalho Aline
Zerwes Bottari Brasil, partiu de denúncia do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), que havia apurado, em inspeções, as situações de iminente e grave risco
à segurança e saúde dos trabalhadores.
"Os dados apontados nesse relatório
são gratificantes e confirmam que os valores investidos no meio ambiente de
trabalho, para garantir saúde e segurança para os trabalhadores, revertem em
benefício de toda a empresa, leia-se, empregados e empregadores, além de toda a
sociedade”, afirma a procuradora. “Os dados concretos evidenciam que o meio
ambiente de trabalho saudável resulta também em lucro para o empregador, uma
vez que empregados que trabalham satisfeitos e motivados, em locais seguros e
salubres, além de adoecerem e se acidentarem menos, passam menos tempo
afastados do trabalho.” A empresa estima que as correções do ambiente de
trabalho custaram R$ 14.848.000,00.
Luis Nakajo (analista de
Comunicação)
Supervisão: Flávio Wornicov
Portela (reg. prof. MTE/RS 6132)
Fonte: Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário ou dúvida, que entraremos em contato!