quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRABALHO EM SETOR DE MINERAÇÃO É MUITO ALTA, DIZ PESQUISADOR


O pesquisador Celso Salim, da Fundacentro – entidade de pesquisa ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego –, afirmou que a mineração é o quarto setor da economia com mais acidentes de trabalho no País e o segundo em taxa de mortalidade por acidente de trabalho. Ele participa de audiência pública conjunta das comissões de Legislação Participativa; e de Direitos Humanos e Minoria sobre as condições de saúde e segurança da mineração brasileira.

Segundo Salim, os altos índices de acidentes de trabalho na mineração têm reflexo forte na vida das famílias, além de causarem depressão e traumas para os trabalhadores. Os riscos a que os trabalhadores da mineração são submetidos, conforme o pesquisador incluem exposição à poeira, o manejo de equipamentos sem proteção, carga de trabalho excessiva, movimentos repetitivos, entre outros.

SUS

Ele apontou ainda que estimativas de 2011 mostram que o custo com acidentes de trabalho para Previdência seria de R$ 14 bilhões ao ano, fora os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS). “Essas estimativas referem-se apenas ao trabalhador com carteira assinada, sem contar os custos dos trabalhadores sem carteira, que são muitos na mineração”. Ele ressaltou que o trabalho informal e degradante, em minas clandestinas, é muito comum.
Além disso, Salim chamou atenção para o aumento da receita das mineradoras entre 2000 e 2012, frente ao baixo aumento no salário dos trabalhadores do setor. “A atividade mineradora brasileira apresenta grandes contrastes”, disse.

Desenvolvimento Humano

Já a engenheira de Segurança da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTI), Marta Freitas, destacou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de municípios mineradores é menor do que a média do Brasil. Ela defendeu que o marco regulatório da mineração contemple a proteção da saúde e segurança do trabalhador, o que, na visão dela, não ocorre no texto atual da proposta.




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