O
pesquisador Celso Salim, da Fundacentro – entidade de pesquisa ligada ao
Ministério do Trabalho e Emprego –, afirmou que a mineração é o quarto setor da
economia com mais acidentes de trabalho no País e o segundo em taxa de
mortalidade por acidente de trabalho. Ele participa de audiência pública
conjunta das comissões de Legislação Participativa; e de Direitos Humanos e
Minoria sobre as condições de saúde e segurança da mineração brasileira.
Segundo
Salim, os altos índices de acidentes de trabalho na mineração têm reflexo forte
na vida das famílias, além de causarem depressão e traumas para os
trabalhadores. Os riscos a que os trabalhadores da mineração são submetidos,
conforme o pesquisador incluem exposição à poeira, o manejo de equipamentos sem
proteção, carga de trabalho excessiva, movimentos repetitivos, entre outros.
SUS
Ele
apontou ainda que estimativas de 2011 mostram que o custo com acidentes de
trabalho para Previdência seria de R$ 14 bilhões ao ano, fora os gastos do
Sistema Único de Saúde (SUS). “Essas estimativas referem-se apenas ao
trabalhador com carteira assinada, sem contar os custos dos trabalhadores sem
carteira, que são muitos na mineração”. Ele ressaltou que o trabalho informal e
degradante, em minas clandestinas, é muito comum.
Além
disso, Salim chamou atenção para o aumento da receita das mineradoras entre
2000 e 2012, frente ao baixo aumento no salário dos trabalhadores do setor. “A
atividade mineradora brasileira apresenta grandes contrastes”, disse.
Desenvolvimento
Humano
Já
a engenheira de Segurança da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTI),
Marta Freitas, destacou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de
municípios mineradores é menor do que a média do Brasil. Ela defendeu que o
marco regulatório da mineração contemple a proteção da saúde e segurança do
trabalhador, o que, na visão dela, não ocorre no texto atual da proposta.
Fonte:
http://www2.camara.leg.br
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