quinta-feira, 7 de agosto de 2014

SENTADO OU EM PÉ?

Principalmente em empresas com linha de produção onde há a utilização de esteiras, sempre pairam dúvidas sobre se é melhor deixar o trabalhador realizar suas atividades em pé ou sentado.

A princípio, o lógico seria pensarmos que o ideal é sempre trabalhar sentado, mas vejamos que de acordo com a orientação do Manual de Aplicação da NR 17 elaborado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), em algumas situações a indicação deve ser o trabalho em pé:

A escolha da postura em pé só está justificada nas seguintes condições:

• a tarefa exige deslocamentos contínuos como no caso de carteiros e rondantes;

• a tarefa exige manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5kg;

• a tarefa exige alcances amplos frequentes, para cima, para frente ou para baixo; no entanto, deve-se tentar reduzir a amplitude desses alcances para que se possa trabalhar sentado;

• a tarefa exige operações frequentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados;

• a tarefa exige a aplicação de forças para baixo, como em empacotamento.

Fora dessas situações, o auditor-fiscal do trabalho não deve aceitar, em hipótese alguma, o trabalho em pé. Muitos ergonomistas, no afã de resolver as dificuldades dos empregadores, têm emitido opiniões favoráveis ao trabalho em pé apenas para evitar que o plano de trabalho seja adaptado, o que acarretaria certo custo monetário.

Ora, os custos dessas pequenas adaptações são mínimos se comparados à fadiga e a penosidade das tarefas que vão ser executadas em pé durante todo o dia e por vários anos. No mais das vezes, nem é o gasto econômico que está na origem da dificuldade. Muitos empregadores têm a falsa impressão de que o trabalho sentado induz a indolência. Evidentemente trata-se de uma falácia.


Fonte: Jornal Segurito

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