Principalmente em empresas
com linha de produção onde há a utilização de esteiras, sempre pairam dúvidas
sobre se é melhor deixar o trabalhador realizar suas atividades em pé ou
sentado.
A princípio, o lógico seria
pensarmos que o ideal é sempre trabalhar sentado, mas vejamos que de acordo com
a orientação do Manual de Aplicação da NR 17 elaborado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), em algumas
situações a indicação deve ser o trabalho em pé:
A escolha da postura em pé
só está justificada nas seguintes condições:
• a tarefa exige
deslocamentos contínuos como no caso de carteiros e rondantes;
• a tarefa exige manipulação
de cargas com peso igual ou superior a 4,5kg;
• a tarefa exige alcances
amplos frequentes, para cima, para frente ou para baixo; no entanto, deve-se
tentar reduzir a amplitude desses alcances para que se possa trabalhar sentado;
• a tarefa exige operações
frequentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados;
• a tarefa exige a aplicação
de forças para baixo, como em empacotamento.
Fora dessas situações, o
auditor-fiscal do trabalho não deve aceitar, em hipótese alguma, o trabalho em
pé. Muitos ergonomistas, no afã de resolver as dificuldades dos empregadores,
têm emitido opiniões favoráveis ao trabalho em pé apenas para evitar que o
plano de trabalho seja adaptado, o que acarretaria certo custo monetário.
Ora, os custos dessas
pequenas adaptações são mínimos se comparados à fadiga e a penosidade das
tarefas que vão ser executadas em pé durante todo o dia e por vários anos. No
mais das vezes, nem é o gasto econômico que está na origem da dificuldade.
Muitos empregadores têm a falsa impressão de que o trabalho sentado induz a
indolência. Evidentemente trata-se de uma falácia.
Fonte: Jornal Segurito
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