terça-feira, 24 de junho de 2014

ACIDENTES SÃO REFLEXOS DO POUCO CASO DAS EMPRESAS



Mudar a legislação previdenciária e aumentar o número de fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) são duas medidas para diminuir os acidentes de trabalho no país. Esta posição está sendo defendida pelo  presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Santos e região, Marcos Braz de Oliveira, o Macaé, e foi transformada numa proposta entregue ao ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Inconformado com as mortes no trabalho e a insegurança constante que ronda o setor da construção civil, com inúmeros acidentes de trabalho, Macaé diz, neste papo com sindicalista, que é preciso se fazer alguma coisa para  que as empresas sejam responsabilizadas em pagar os salários integrais aos trabalhadores acidentados.

“O principal motivo dos acidentes é o pouco caso das empresas com as condições trabalho”, escreveu Macaé, sugerindo que o ministro transforme sua ideia em forma de projeto de lei. “Toda empresa deveria ser obrigada a pagar o salário do empregado, em caso de afastamento por acidente do trabalho ou doença profissional, em vez dessa responsabilidade caber ao INSS”, diz o ofício.

“O afastado não é empregado da previdência social, mas sim de seu patrão. Há quase um milhão de assalariados encostados no INSS por irresponsabilidade das empresas com as condições de trabalho”, continua.
“Se o ônus salarial pelos afastamentos coubesse a elas, as condições seriam melhores. Além disso, deveriam pagar os custos dos tratamentos médicos e hospitalares dos acidentados e doentes profissionais.

Macaé pondera que “se isso acontecesse, o INSS apenas pagaria aposentadorias e pensões, livrando-se do fardo causado pelo pouco caso dos empresários com as condições de trabalho”. 
Segundo o sindicalista, a Previdência Social do governo tem hoje um déficit de R$ 50 bilhões. “Esse valor seria menor se as empresas arcassem com os custos por acidentes e doenças profissionais”.

Fonte: Diário do Litoral

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