Por uma questão
didática fazemos várias divisões da Ergonomia, uma destas é a divisão entre
Ergonomia Cognitiva e Ergonomia Física. No entanto, quando avaliamos um posto de
trabalho não encontramos esta divisão, no máximo vamos ter posto de trabalho
com maior ênfase na questão física ou maior ênfase na mental.
Ahhh Professor tem
serviço que nem precisa pensar para fazer!
Ok, meu filho, então
vamos a um exemplo. Imagine uma trabalhadora de uma linha de produção que
insere um determinado componente em uma placa eletrônica, aparentemente bem
simples e sem nenhuma carga mental que devesse ser levada em consideração na
nossa análise ergonômica.
Pois bem esta
trabalhadora irá pegar o componente e precisará avaliá-lo rapidamente para
verificar se não há falha na peça, ou seja, irá receber uma informação,
identificar e interpretar esta informação, elaborar possíveis respostas a esta
informação, escolher a ação mais adequada e por fim realizar a ação. Sem esquecer
que isto tudo esta sendo realizado com a esteira em movimento. E olha que eu
falei em um só componente e apenas uma análise.
Em paralelo o
ambiente pode ser ruidoso e um pouco quente, o que talvez não vá lhe deixar
doente, mas pode lhe tirar a concentração para a sua tarefa. Além disso, ontem
esta trabalhadora discutiu com a colega de trabalho que fica bem ao seu lado e
o seu chefe vive lhe pressionando em função dela estar tendo dificuldade de
alcançar sua meta diária de produção. Para completar, sua cadeira está com o encosto
quebrado e almofada do assento está bem gasta.
Acho que deve ter
ficado claro que todos estes fatores irão influenciar na carga de trabalho.
Mas é claro que a
capacidade de resposta da nossa trabalhadora a esta situação vai depender de
fatores pessoais como idade, grau de saúde, nível de experiência na tarefa e
além de outros fatores, de sua própria personalidade. Mas também não podemos
esquecer de fatores externos ao trabalho, como doenças não relacionadas ao
trabalho e problemas financeiros ou familiares.
Concluindo, para
qualquer que seja a atividade teremos problemas relacionados a hoje ainda pouco
conhecida Ergonomia Cognitiva que cada vez mais precisaremos dar mais atenção.
Autor: Mário Sobral
Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Fonte: Jornal
Segurito
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