segunda-feira, 12 de maio de 2014

INVESTIR EM SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO É PREMISSA BÁSICA

Investir em segurança e saúde do trabalho é premissa básica para o funcionamento de muitas empresas. Para reduzir acidentes e processos judiciais envolvendo sinistros e doenças no trabalho, as corporações devem seguir uma série de normas. O assunto foi tema de palestra realizada no auditório da Regional Vale do Aço da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Na ocasião a advogada e consultora trabalhista, Maria Inez Diniz de Medeiros, especialista na área há 35 anos, falou sobre como evitar acidentes, doenças profissionais e quais as ferramentas necessárias para evitar acidentes, além de mostrar os ganhos com a implantação nas empresas das normas de segurança. “Essa não é só responsabilidade legal, é também fator de produtividade. O tempo e a ciência têm mostrado que investir em segurança do trabalho é produtivo”, disse a advogada.

Maria Inez lembra que no processo de busca pela redução de acidentes, empresários e trabalhadores têm, cada qual, as suas obrigações. No caso de descumprimento das regras, o empregado pode até ser demitido. “Cabe às empresas investir em condição sadia de trabalho, ferramentas adequadas, ambiente saudável e seguro. Os empregados devem abraçar as orientações e contribuir para que não ocorram acidentes. Os que não aderirem às normas podem ser responsabilizados por essa desobediência chegando até a demissão por justa causa, se for comprovada a inobservância às regras de segurança e saúde”, salientou a especialista.

Questionada sobre a evolução da segurança no trabalho em empresas, Maria Inez Diniz, apontou um aumento considerável no número de acidentes. “Com a tecnologia as ferramentas mudaram, daí a necessidade de capacitação. Desde a globalização houve mudança na organização do trabalho. Porém, as normas não são de interpretação fácil e volumosa. É preciso política pública estratégica para que ela seja executada”, pontuou.

A mais polêmica das normas atualmente é a NR12, que trata da prevenção de acidentes em máquinas e equipamentos. Maria Inez critica a regulamentação por não estar de acordo com a realidade do país. “A NR12 causou embargos e paralisações em máquinas. Ela é boa, mas não vem ao encontro da realidade brasileira, do déficit na escolaridade. O empresariado tem dificuldade em evitar acidentes na empresa, quando não dispõe de mão de obra qualificada, sobretudo para adequar máquinas antigas aos ditames legais dispostos na norma”, avaliou.

Processos
O aumento do número de acidentes e o maior acesso à informação refletiram no grande volume de ações judiciais contra as empresas. “A empresa pode ressarcir custos que a Previdência terá de arcar com o acidente e até danos morais. Se a empresa já tiver um programa de saúde e segurança do trabalho documentado terá um julgamento diferenciado. Em caso contrário, ela será condenada a punições extremamente pesadas que podem levar até o seu fechamento”, destacou Maria Inez.


Fonte: Portal Diário do Aço

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