Acidentes tiram a vida de
aproximadamente 300 mil trabalhadores por ano no mundo. Já as doenças
relacionadas ao trabalho levam 2 milhões de pessoas à morte.
Levantamento do Ministério
da Previdência Social atesta que as doenças decorrentes de fatores de riscos
ergonômicos superam os incidentes traumáticos. Esses números colocam o Brasil
em quarto lugar no ranking mundial de acidentes de trabalho fatais.
Dados disponíveis referentes
ao período entre 2000 e 2011 mostram que as primeiras já respondem por um
quinto dos afastamentos por doenças do trabalho, consolidando-se como principal
motivo das ausências de funcionários. Isso faz com que 90% dos recursos do INSS
sejam consumidos pelo pagamento dos benefícios previdenciários e acidentários
para os segurados e dependentes.
Segundo o presidente da
Associação de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho (AGSSO), Januário
Micelli, estas estatísticas revelam as necessidades de se rever o conceito de
segurança no mundo contemporâneo. “Atualmente, um escritório pode gerar tanto
ou mais doenças do trabalho do que uma indústria considerada perigosa, como,
por exemplo, a química”.
Para Micelli, o risco de
atividades reconhecidamente lesivas é menor porque houve uma ação focada na sua
redução. “É o que precisamos fazer hoje com setores classificados como mais
brandos e, por isso, não são percebidos os riscos inerentes ao seu trabalho”,
afirma.
Segundo a diretora da AGSSO,
Eliane Aere, o perfil de adoecimento do trabalho nos setores de Comércio e
Serviços não é o mesmo que na Agricultura ou na Indústria. “O empregador precisa fazer um mapeamento das
causas e dos riscos para identificar o que pode ser eliminado ou diminuído”,
sugere.
A Organização Internacional
do Trabalho (OIT) mostra, ainda, que este não é um problema exclusivo do
Brasil. Segundo suas estatísticas, os acidentes de trabalho tiram 321 mil vidas
por ano, enquanto as enfermidades relacionadas à labuta matam mais de 2 milhões
de pessoas no Planeta.
Fonte: O Amarelinho
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