quarta-feira, 17 de junho de 2015

DOENÇAS MATAM MAIS QUE ACIDENTES

Acidentes tiram a vida de aproximadamente 300 mil trabalhadores por ano no mundo. Já as doenças relacionadas ao trabalho levam 2 milhões de pessoas à morte.

Levantamento do Ministério da Previdência Social atesta que as doenças decorrentes de fatores de riscos ergonômicos superam os incidentes traumáticos. Esses números colocam o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de acidentes de trabalho fatais.

Dados disponíveis referentes ao período entre 2000 e 2011 mostram que as primeiras já respondem por um quinto dos afastamentos por doenças do trabalho, consolidando-se como principal motivo das ausências de funcionários. Isso faz com que 90% dos recursos do INSS sejam consumidos pelo pagamento dos benefícios previdenciários e acidentários para os segurados e dependentes.

Segundo o presidente da Associação de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho (AGSSO), Januário Micelli, estas estatísticas revelam as necessidades de se rever o conceito de segurança no mundo contemporâneo. “Atualmente, um escritório pode gerar tanto ou mais doenças do trabalho do que uma indústria considerada perigosa, como, por exemplo, a química”.

Para Micelli, o risco de atividades reconhecidamente lesivas é menor porque houve uma ação focada na sua redução. “É o que precisamos fazer hoje com setores classificados como mais brandos e, por isso, não são percebidos os riscos inerentes ao seu trabalho”, afirma.

Segundo a diretora da AGSSO, Eliane Aere, o perfil de adoecimento do trabalho nos setores de Comércio e Serviços não é o mesmo que na Agricultura ou na Indústria.  “O empregador precisa fazer um mapeamento das causas e dos riscos para identificar o que pode ser eliminado ou diminuído”, sugere.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra, ainda, que este não é um problema exclusivo do Brasil. Segundo suas estatísticas, os acidentes de trabalho tiram 321 mil vidas por ano, enquanto as enfermidades relacionadas à labuta matam mais de 2 milhões de pessoas no Planeta.


Fonte: O Amarelinho

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