José Luís Câmara
A informação mais antiga
sobre cuidados com a segurança do trabalho está registrada em um documento
egípcio, o Papiro Anastacius V, do ano 2.000 a.C., que fala da preservação da
saúde e da vida dos trabalhadores, descrevendo as condições de trabalho de um pedreiro.
Passados vários séculos, a sociedade organizou-se e criou normas e entidades
fiscalizadoras para controlar os riscos do processo produtivo, sendo necessária
a formação de profissionais
especializados.
A importância desses
especialistas está diretamente relacionada à preservação da vida e da saúde dos
trabalhadores. No Brasil, tínhamos na década de 1970 um registro anual de 1,6
milhão de acidentes para 12,4 milhões de trabalhadores registrados. Esta média
foi reduzida para 700 mil acidentes/ano para um universo de 45 milhões de
trabalhadores registrados no ano de 2011. Ainda são números expressivos que
correspondem a um gasto anual de mais de R$ 70 bilhões e ao custo incalculável
da perda de vidas. O assunto é tão sério que já tivemos um presidente da
República vítima de acidente de trabalho antes de assumir o cargo, quando era
torneiro mecânico.
Esperamos que, educando as
futuras gerações e com o trabalho incansável dos prevencionistas, os acidentes
façam apenas parte da história. A cada novo dia, encaramos a luta contra os
acidentes de trabalho como um desafio contra o tempo e contra o
desconhecimento. Esperamos que o Papiro Anastacius V, um documento tão antigo e
tão valioso, seja lido, compreendido e respeitado o mais breve possível. A
especialização de engenheiros de segurança e a profissão dos técnicos de
segurança do trabalho foram regulamentadas somente em 27 de novembro de 1985, e
essa data foi instituída como um dia para parabenizar e valorizar esses
especialistas e, principalmente, para também conscientizar sobre os cuidados
com a segurança nos ambientes de trabalho e na vida.
Fonte: http://jcrs.uol.com.br/
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