SINDITÊXTIL denuncia risco de acidentes de trabalho
e adoecimento de operários da Tavex
A indústria do setor têxtil Tavex, localizada no
município de Nossa Senhora do Socorro, quer aumentar sua lucratividade no fim
de ano exigindo que os operários trabalhem do dia 18 até o dia 30 de novembro
sem folga.
Preocupada com os riscos à vida e à saúde do
operário, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil
(SINDITEXTIL), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), vai realizar
nesta terça-feira,12/11, uma consulta aos trabalhadores da fábrica nos dois
turnos (5h20 e 13h40)sobre a intenção do patrão de fazer uma permuta da folga
semanal pelos dias 16e 17 de novembro, que antecedem o início da jornada de 12
dias de trabalho ininterrupto.
Na avaliação do sindicato a proposta não é
interessante para o trabalhador porque o expõe ao risco de acidentes
provenientes da jornada exaustiva. “Essa jornada intensa de trabalho sem folga
pode prejudicar a saúde do operário, pois as condições de trabalho não são
boas. Muitos estão adoecendo na fábrica porque o produto usado no banho químico
do tecido causa problemas respiratórios e intestinais. Na semana passada o
setor DPA Inspeção trabalhou 12h seguidas para cumprir a demanda. Precisamos do
apoio do Ministério do Trabalho para resolver todas as irregularidades
vivenciadas diariamente pelo operário têxtil”, resumiu o presidente do
SINDITÊXTIL, Dílson Gama.
O sindicato denunciou a situação ao Ministério do
Trabalho,que mediou uma reunião entre trabalhadores e empresa, às 11h30 desta
segunda-feira, 11/11, na qual foi decidida a realização da consulta ao operário
da fábrica.
RISCO DE ACIDENTES – Fundamental recordar que a
indústria Tavex é a antiga Santista Têxtil, que em maio de 2006 expunha
operários a jornadas de 24horas seguidas de trabalho. A situação ilegal que
levava os trabalhadores à exaustão física e mental acabou provocando acidente
de trabalho com a explosão do forno térmico que matou dois trabalhadores e
deixou oito semcondições de trabalho e com sequelas irreversíveis.
Para que histórias traumatizantes como esta não
voltem a se repetir vitimando o trabalhador, o SINDITÊXTIL tem alertado o
Ministério do Trabalho sobre qualquer irregularidade que ponha em risco a vida
e a saúde dos trabalhadores.
Há aproximadamente 4 meses, um auditor do
Ministério do Trabalho fiscalizou a indústria e por identificar condições
inseguras ao trabalhador, decidiu interditar os setores de tinturaria, as
máquinas Pé de Bethe, Lavadeira e Chamuscadeira.
Fonte: faxaju.com.br
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