Vamos começar pelo
óbvio, amarrar as duas extremidades de uma corda em pontos de ancoragem não
significa ter uma linha de vida.
Para poder garantir
que o trabalhador estará seguro utilizando esta Linha, é preciso ter a certeza
de que a ancoragem está adequada. Para isso, precisamos de diversos cálculos e
especificar materiais que atendam os critérios estabelecidos na NR 35 e em
NBRs, como por exemplo: NBR 6327 – Cabos de aço para uso geral. Ou seja, não
basta prender um ferro no concreto, é preciso um projeto que dê a garantia de
sua utilização segura.
Além disso, o
profissional não deve ficar restrito ao material utilizado no ponto de ancoragem.
Uma grande preocupação deve ser o local onde este material será afixado. Será
que ele irá resistir ao esforço de arranque, em caso de queda?
Mas digamos que
conseguimos garantir que o ponto de ancoragem está 100%.
“Agora ok, né
professor, basta esticar a corda ou o cabo de aço?” Quem dera fosse só isso!
Agora precisamos que o material resista ao peso do trabalhador, possíveis
ferramentas e mais o impacto, em caso de queda.
Também é preciso
avaliar se há altura suficiente para que o trabalhador, caso
venha a cair, não
chegue até ao chão, ainda que esteja preso a esta Linha de
Vida.
Acho que já deu para
perceber que Linha de Vida não é serviço para amador, é
necessário um
profissional qualificado que elabore um projeto detalhado especificando e
analisando diversos itens, como: força de tração na Linha de Vida; reação nos
apoios; coeficientes de segurança dos componentes do sistema; detalhar a forma
de fixação da linha de vida, definição de grampos, esticadores e muito mais.
“Ufa professor,
fiquei mais tranquilo. Basta eu contratar um engenheiro que emita uma ART e
está tudo certo!” Não está não! Caso o profissional contratado faça um projeto
inadequado e ocorra um acidente, lógico que ele tem responsabilidade sobre o
sinistro, mas a empresa também tem, por haver contratado um profissional
desqualificado.
Agora que você
assimilou a importância da mensagem, corra até o seu patrão e explique que
Linha de Vida “gambiarrada” não atende à legislação, tem custo e não protege
ninguém.
Fonte: Jornal
Segurito
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