quarta-feira, 17 de abril de 2013

BASTA EVITAR A QUEDA?



Cinto de segurança com absorvedor de energia e duplo talabarte, funcionário treinado, ancoragem dimensionada, análise de risco e permissão de trabalho emitida. Tudo certo, mas o colaborador escorrega, algo dá errado e....Não se preocupe, o colaborador ficou pendurado.

 
E este pode ser o grande problema, pois apesar de todos os procedimentos para evitar a morte com a queda, a segurança do trabalho não conclui seu serviço se não tiver elaborado um plano de emergência com as atividades necessárias para o salvamento do trabalhador. Mas professor, ele está vivo. 

É só esperar a ajuda da empresa ou se for necessário, do bombeiro. Meu caro, o problema é que se o trabalhador ficar pendurado por muito tempo, situação denominada de suspensão inerte, há consequências para a saúde do trabalhador em função da dificuldade da circulação do sangue, podendo levar até ao óbito. 

Ou seja, é necessário primeiro evitar a queda do trabalhador, mas depois que houve a queda a empresa precisa estar preparada para a situação. Embora as normas regulamentadoras não especifiquem um tempo, um boletim do Ministério do Trabalho americano, de março de 2004, informa que: “pesquisas indicam que a suspensão sob amarras pode resultar em perda da consciência, seguida de morte, em menos de 30 minutos”. 

Em 1987, foi desenvolvido um estudo na Base Aérea Wright-Paterson para determinar o efeito da falta de movimento em um corpo suspenso. O teste de aptidão militar finalizava o teste entre 3,5 a 60 minutos com uma média de tempo entre 17 a 28 minutos. Isto ocorre porque os membros inferiores comportam algo em torno de 20% do volume de sangue e com a pressão nas pernas, este sangue fica represado. Uma forma de aumentar o tempo de suspensão do trabalhador diminuindo as consequências é o uso de uma fita de suspensão pós-queda que permite alívio da pressão sanguínea.

Fonte: Jornal Segurito

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