Cinto de segurança com
absorvedor de energia e duplo talabarte, funcionário treinado, ancoragem dimensionada,
análise de risco e permissão de trabalho emitida. Tudo certo, mas o colaborador
escorrega, algo dá errado e....Não se preocupe, o colaborador ficou pendurado.
E este pode ser o grande
problema, pois apesar de todos os procedimentos para evitar a morte com a
queda, a segurança do trabalho não conclui seu serviço se não tiver elaborado um
plano de emergência com as atividades necessárias para o salvamento do
trabalhador. Mas professor, ele está vivo.
É só esperar a ajuda da empresa ou
se for necessário, do bombeiro. Meu caro, o problema é que se o trabalhador ficar
pendurado por muito tempo, situação denominada de suspensão inerte, há consequências
para a saúde do trabalhador em função da dificuldade da circulação do sangue,
podendo levar até ao óbito.
Ou seja, é necessário primeiro evitar a queda do trabalhador,
mas depois que houve a queda a empresa precisa estar preparada para a situação.
Embora as normas regulamentadoras não especifiquem um tempo, um boletim do Ministério
do Trabalho americano, de março de 2004, informa que: “pesquisas indicam que a suspensão
sob amarras pode resultar em perda da consciência, seguida de morte, em menos
de 30 minutos”.
Em 1987, foi desenvolvido um estudo na Base Aérea
Wright-Paterson para determinar o efeito da falta de movimento em um corpo
suspenso. O teste de aptidão militar finalizava o teste entre 3,5 a 60 minutos
com uma média de tempo entre 17 a 28 minutos. Isto ocorre porque os membros
inferiores comportam algo em torno de 20% do volume de sangue e com a pressão
nas pernas, este sangue fica represado. Uma forma de aumentar o tempo de
suspensão do trabalhador diminuindo as consequências é o uso de uma fita de
suspensão pós-queda que permite alívio da pressão sanguínea.
Fonte: Jornal Segurito
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