quarta-feira, 13 de maio de 2015

CONHEÇA A DISFONIA OCUPACIONAL, DOENÇA VOCAL QUE PODE ATRAPALHAR NO TRABALHO

Utilizar da fala ou do canto é o ganha-pão de 25% da população economicamente ativa. Veja quais sintomas denunciam problemas vocais.
O uso contínuo e inadequado da voz no ambiente de trabalho pode causar uma doença chamada disfonia ocupacional. Diretamente associada às condições laborais e hábitos nocivos como pigarrear, tossir com força, falar alto ou gritar e falar demais sem dar repouso para a voz, os sintomas podem, em muitos casos, afetar não só a fala como o bem-estar físico e psicológico do profissional.
Além de um dos elos mais importantes na comunicação entre os seres humanos, a voz é o principal instrumento de trabalho de uma em cada quatro pessoas no mundo. Os profissionais da voz podem ser de dois tipos: os da voz falada – como consultores, professores, advogados, pastores, operadores de telemarketing, vendedores e profissionais de saúde – e da voz cantada – como cantores profissionais, amadores e de canto coral.
“Apesar de ser essencial em nossas vidas e no nosso trabalho, a voz geralmente não recebe a merecida atenção, fazendo com que a maioria das pessoas só procure auxílio profissional na ocorrência de um problema maior ou quando o indivíduo fica impedido de se comunicar adequadamente”, ressalta Marciéle Corrêa, fonoaudióloga da Clínica Vita, de Francisco Beltrão.
Por isso a disfonia é reconhecida pelo Ministério da Saúde como doença ocupacional. Seus sintomas mais comuns são a rouquidão, cansaço vocal, dificuldade para projetar a voz, desconforto ou esforço para falar, voz monótona, garganta seca, dor na garganta, dificuldade para engolir, pigarro, gosto ácido e/ou amargo na boca e voz instável. A presença de um ou mais desses sinais por período maior que 15 dias indica a necessidade de se buscar a ajuda de um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista. “Lembrando que se deve evitar a automedicação, não fazendo uso de sprays e pastilhas”, completa Marciéle.
Fatores de risco
Mas atenção somente aos sintomas não basta para se manter uma voz saudável. Há fatores de risco, como fumar e beber, que são muito prejudiciais à saúde vocal. Alguns podem ser evitados ou suprimidos no próprio ambiente de trabalho, como o uso em demasia do ar-condicionado. Outros são de ordem pessoal, como uso de drogas inaladas ou injetadas, alergias, alimentação inadequada e falta de repouso adequado.
“A prevenção é o principal meio para se evitar problemas vocais, embora sejam raros os profissionais que procuram a terapia fonoaudiológica antes de se estabelecer um problema. A procura tardia por tratamento pode já levar o sujeito direto a conduta cirúrgica, enquanto a busca imediata pode fazer com que muitos casos melhorem apenas com a terapia vocal”, afirma a especialista.
Segundo ela, é primordial que haja conscientização da importância da prevenção, da mudança de hábitos e correta profilaxia com a voz, além da orientação sobre uma boa saúde vocal. “Esta inclui boa hidratação, evitar irritantes, como o tabagismo ativo ou passivo, poeira e diminuição da atividade vocal em quadros de infecções das vias aéreas superiores”, complementa.
Fonte: jornaldebeltrao


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