Por que tantos incêndios decorrentes
de falhas no sistema elétrico?
Para entender os motivos,
precisamos saber como funciona a entrada e a distribuição de energia na maioria
das empresas, lógico que de forma bem simplificada.
Pois bem, a eletricidade vem
em alta tensão da concessionária que produz energia na sua cidade e quando
chega na sua empresa passa por um transformador que baixa a tensão para que
possa ser utilizada nas diversas máquinas.
Mas antes de chegar às
máquinas, esta energia é dividida em circuitos, ou seja, uma determinada parte
só vai alimentar as luminárias de determinado setor, outra parte só vai
alimentar as tomadas, outra vai alimentar uma máquina específica e assim por
diante.
Para facilitar a manutenção,
cada circuito é direcionado para um quadro de energia que recebe a energia
principal e a divide passando por um disjuntor. Este disjuntor será utilizado
quando for realizada a manutenção dos equipamentos de determinado circuito.
O problema é que a empresa
cresce e ao invés de inserir novos circuitos ao sistema, acaba ligando novas
máquinas em circuitos existentes.
Como consequência acabamos
tendo uma sobrecarga deste circuito e se o disjuntor estiver funcionando
dispara para evitar o aquecimento e possível incêndio.
E qual o problema professor?
O problema é que além de
inserir novos equipamentos em circuitos existentes alguns “profissionais”
acabam trocando os disjuntores (já que
eles estavam disparando muito) por outros que aceitem mais corrente passando
por eles, como consequência o sistema começa a trabalhar aquecido e dependendo
das condições pode ocorrer um princípio de incêndio.
Para fazer esta troca do
disjuntor seria necessário também realizar a troca da fiação, ou seja, se eu
vou passar mais energia preciso de uma fiação com maior bitola.
Além disso, esta fiação
muitas vezes está exposta às intempéries sem nenhum tipo de proteção como, por
exemplo, um eletroduto.
Autor: Mário Sobral Jr –
Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Fonte: Jornal Segurito
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