Segundo o Dieese, tempo de
permanência de um terceirizado no emprego é um quarto do tempo de um empregado
direto. De cada dez acidentes de trabalho, oito são com 'prestadores de
serviço'
Mais de 12 milhões de
trabalhadores brasileiros prestam serviço a outras empresas. O número de
terceirizados corresponde a 20% dos que têm carteira assinada. De acordo com a
ecoomista Adriana Marcolino, do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), os trabalhadores terceirizados têm uma
cobertura de direitos muito menor do que os diretamente contratados pela
empresa. "Por isso, nós consideramos que o terceirizado está menos
protegido e mais precarizado."
Segundo o Dieese, 80% das
mortes ocorridas em local de trabalho são de prestadores de serviços. “Os
terceirizados recebem, em média, 27% a menos do que os contratados, quando
consideramos o mercado formal de trabalho. Se fôssemos levar em conta o mercado
informal, essa diferença seria ainda maior. O tempo de casa de um trabalhador
terceirizado é de 2,6 anos, enquanto um contratado fica em média quase seis
anos na empresa", diz a economista.
O projeto de lei que prevê a
regulamentação do trabalho (PL 4.330) é visto pelos sindicatos como ameaça aos
direitos trabalhistas. No Tribunal Superior do Trabalho (TST) tramitam vários
processos causados pela terceirização. Os mais comuns envolvem a falta de
pagamento de direitos trabalhistas e empresas que fecham sem quitar débitos com
os trabalhadores.
Fonte: Rede Brasil atual.
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