Imagine uma sala com uma
máquina barulhenta e um trabalhador. Imaginou?
Pois bem, agora imagine o
ruído partindo da máquina para todas as direções, uma parte destas ondas
sonoras vão chegar direto ao receptor, mas outras vão chegar ao mesmo receptor
de forma indireta, após baterem na parede, no teto, no piso ou em outras
máquinas. Pois este ruído que bate e rebate e chega de forma indireta ao trabalhador
deve ser bem estudado e pode ser eliminado, por meio de sua absorção. Esta
absorção depende do material que está servindo de base para rebater a onda.
Vamos a um exemplo para
facilitar o entendimento: pegue uma bola de ping pong e jogue contra uma
parede. Ela irá rebater, talvez chegue ao outro extremo da sala e retorne com
menor força. Agora pegue a mesma bolinha e jogue na mesma sala na direção de
uma cortina. É provável que a bolinha percorra um caminho bem menor após o
impacto.
A onda sonora na sala terá o
mesmo amortecimento se utilizarmos materiais que consigam absorver o seu
impacto. Para isto podemos utilizar diversos tipos de materiais, em geral, a
melhor absorção será com materiais esponjosos, pois parte da onda sonora entra
pelos seus poros rebate no seu interior dissipando sua energia e uma parcela é
rebatida.
Porém a grande limitação
deste tipo de solução é a higiene, pois dependendo do tipo de processo haverá
um acúmulo de poeira ou até mesmo a formação de colônia de bactérias.
No entanto, além do tipo de
material utilizado e da intensidade do ruído, outro fator que irá influenciar
na escolha adequada do revestimento é a frequência do som, sendo necessária uma
análise com equipamentos que consigam medir o nível de pressão sonora em função
desta variável. É necessário termos conhecimento da frequência pois, por
exemplo, se utilizarmos um material poroso, o coeficiente de absorção irá
aumentar junto com a frequência.
Isto ocorre porque o seu
mecanismo de absorção é realizado por meio da transformação do movimento do ar
em calor, como o ruído em alta frequência oscila em maior velocidade teremos
maior contato e consequentemente uma maior absorção.
Autor: Mário Sobral Júnior –
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Fonte: Jornal Segurito
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