quarta-feira, 22 de abril de 2015

ABSORÇÃO DO SOM

Imagine uma sala com uma máquina barulhenta e um trabalhador. Imaginou?

Pois bem, agora imagine o ruído partindo da máquina para todas as direções, uma parte destas ondas sonoras vão chegar direto ao receptor, mas outras vão chegar ao mesmo receptor de forma indireta, após baterem na parede, no teto, no piso ou em outras máquinas. Pois este ruído que bate e rebate e chega de forma indireta ao trabalhador deve ser bem estudado e pode ser eliminado, por meio de sua absorção. Esta absorção depende do material que está servindo de base para rebater a onda.

Vamos a um exemplo para facilitar o entendimento: pegue uma bola de ping pong e jogue contra uma parede. Ela irá rebater, talvez chegue ao outro extremo da sala e retorne com menor força. Agora pegue a mesma bolinha e jogue na mesma sala na direção de uma cortina. É provável que a bolinha percorra um caminho bem menor após o impacto.

A onda sonora na sala terá o mesmo amortecimento se utilizarmos materiais que consigam absorver o seu impacto. Para isto podemos utilizar diversos tipos de materiais, em geral, a melhor absorção será com materiais esponjosos, pois parte da onda sonora entra pelos seus poros rebate no seu interior dissipando sua energia e uma parcela é rebatida.

Porém a grande limitação deste tipo de solução é a higiene, pois dependendo do tipo de processo haverá um acúmulo de poeira ou até mesmo a formação de colônia de bactérias.

No entanto, além do tipo de material utilizado e da intensidade do ruído, outro fator que irá influenciar na escolha adequada do revestimento é a frequência do som, sendo necessária uma análise com equipamentos que consigam medir o nível de pressão sonora em função desta variável. É necessário termos conhecimento da frequência pois, por exemplo, se utilizarmos um material poroso, o coeficiente de absorção irá aumentar junto com a frequência.

Isto ocorre porque o seu mecanismo de absorção é realizado por meio da transformação do movimento do ar em calor, como o ruído em alta frequência oscila em maior velocidade teremos maior contato e consequentemente uma maior absorção.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

Fonte: Jornal Segurito


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