Segundo
Ministério da Saúde, cerca de 20% da população brasileira
apresenta hipertensão arterial sistêmica (Pressão Alta) e 50% da
população que apresenta obesidade tem a doença.
A
hipertensão arterial ou pressão alta como é popularmente
conhecida, caracteriza-se pela força
que
o sangue faz contra as paredes arteriais
para conseguir circular por todo o corpo. Quanto
menor o diâmetro das artérias, maior é a pressão.
A
pressão
arterial é dividida em sistólica (pressão alta) e diastólica
(pressão baixa). Quando o coração se contrai, expulsa o sangue que
está no ventrículo esquerdo do coração (rico em O²) e este sai
pela artéria aorta
passando
para demais artérias, formando a pressão sistólica,
cujo
valor normal é 120 mmHg.
Ao contrário, o retorno do sangue ao coração é realizado pelas
veias cavas ao átrio direito (rico
em CO²),
que ocorre durante o relaxamento do coração, e esta pressão é
chamada de diastólica que
tem como valor normal 80 mmHg.
Um
paciente que apresente pressão sistólica igual ou superior a 140
mmHg, ou pressão diastólica
igual ou superior a 90 mmHg é considerado hipertenso. A
hipertensão pode ser dividida em três estágios,
que são chamados de estágio I, II e III, e
que
são
definidos
de acordo com os valores da pressão. Por exemplo: estágio I
refere-se a valores de pressão acima de 140 por 90 e abaixo de 160
por 100. Estágio II, pressão acima de 160 por 100 e abaixo de 180
por 110 e por fim, estágio III que é a pressão acima de 180 por
110.
Os
valores da pressão geralmente caem quando estamos em repouso
(dormindo ou relaxados) e aumentam durante atividades físicas,
trabalhos intensos, agitação ou estresse. Por isso, pessoas
hipertensas não devem se incomodar, pois o incomodo gera estresse,
que por sua vez aumenta a pressão.
A
hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Em uma minoria, a
hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como
distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a
suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam
os níveis de pressão arterial, entre eles:
Fumo,
consumo
de bebidas alcoólicas, obesidade,
estresse,
grande
consumo de sal, níveis
altos de colesterol,
falta
de atividade física, diabetes,
sono
inadequado, etc.
Apesar
de ser mais comum em idosos a hipertensão é uma doença que acomete
pessoas, independente de gênero e idade. Os idosos são mais
vulneráveis porque
com o passar do tempo, nossas artérias começam a ficar
envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar, são
chamados de vasos menos complacentes. Cerca de 70% dos adultos acima
dos 50 ou 60 anos possuem a doença.
A
hipertensão provoca sintomas somente em estágio avançado da doença
ou caso a mesma aumente de forma abrupta e exagerada. Porem, algumas
pessoas podem sentir dores no peito, na cabeça, tonturas, visão
embasada, sangramento nasal (epistaxe), entre outros. Caso o paciente
apresente estes sintomas, deve ficar em alerta e procurar um médico.
O
diagnóstico da pressão pode ser feito através da aferição da
mesma, com uso de aparelhos manuais ou automáticos.
Tratamento
O
objetivo do tratamento é não deixar a pressão passar dos valores
considerados normais, que é de 120 por 80 mmHg.
A
hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento, o
qual dependerá das medidas da pressão e somente o médico poderá
determinar o melhor método para cada paciente.
Nos casos de hipertensão leve, opta-se pelo tratamento não
medicamentoso, o qual o paciente mudará seus hábitos de vida. Estes
hábitos estão relacionados a uma boa alimentação, prática de
atividades físicas, controlar o sal, evitar ou não exagerar na
bebida alcoólica, controlar estresse, peso, colesterol, etc.
A
pressão alta tem relação com aumento do peso, nesse caso, perder
peso é uma forma eficaz de melhorar a pressão arterial.
Se
a pressão é discretamente alta e o paciente não consegue
controlá-la com atividades físicas, não ingestão de bebidas
alcoólicas, perdendo peso ou se já tem os níveis mínimos mais
elevados, deve-se fazer uso de medicamentos, os quais manterão os
vasos mais relaxados.
Os
medicamentos para controle de pressão alta são vasodilatadores, ou
seja, dilatam os vasos aumentando diâmetro dos mesmos.
Recomendações
Apesar
de não ter cura, a hipertensão tem controle, porém, não basta
apenas o uso medicamentoso é necessário principalmente mudança de
hábitos, entre eles, o hipertenso deve:
Adotar
dieta rica em frutas, cereais integrais e laticínios com baixo teor
de gordura;
Adotar
prática de atividades físicas;
Evite
o estresse;
Controle
o colesterol e o peso;
Não
fume. Entre outros danos ao organismo, o cigarro estreita o calibre
das artérias, o que dificulta ainda mais a circulação do sangue;
Não
interrompa o uso da medicação nem diminua a dosagem por sua conta;
Meça
a pressão arterial com regularidade e anote os valores;
Não
esqueça que hipertensão é uma doença crônica e que complicações
podem ser prevenidas com o uso de drogas anti-hipertensivas e
mudanças no estilo de vida.
Fontes:
Ministério da Saúde; Drauzio Varella; Minha Vida
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