Extintores de incêndio são
equipamentos de acionamento manual, constituídos de recipiente e acessórios de
pronto emprego para combate a princípios de incêndios. A eficácia do resultado
positivo no combate a um princípio de incêndio com uso de extintor, depende da
habilidade do combatente durante o uso, se o agente extintor empregado é o
adequado a classe de incêndio e principalmente se o incêndio foi descoberto em
tempo hábil para ser combatido com o extintor de incêndio.
Tipos
de extintores
Os extintores de incêndio se
dividem em portáteis e sobre rodas.
Portáteis: são
os mais comuns e geralmente ficam em pontos estratégicos fixados na parede, ou
no piso sobre suporte e não podem ultrapassar carga superior a 20 kg.
Sobre
rodas: também chamados de carretas, têm maior capacidade de
armazenamento de agente extintor. Os extintores sobre rodas devem ser
empregados em edificações maiores que 400 m² com risco elevado de incêndio. Não
podem ultrapassar carga superior a 250 kg.
Tipos
de agentes extintores
Os agentes extintores, são
os produtos que se encontram pressurizados dentro dos cilindros e que são
expelidos no fogo durante o combate ao mesmo. Os tipos de agentes extintores
são:
- Água pressurizada;
- Pó químico seco ( PQS);
- Espuma mecânica;
- Gases (CO², Hallotron, etc)
Tipos
de pressurização
Pressurização direta e
indireta
Na pressurização direta o
agente extintor fica permanentemente pressurizado pelo gás expelente.
Na pressurização indireta, o
extintor que contêm o agente é pressurizado no momento do uso. O gás expelente
fica armazenado em um cilindro externo, fixado e conectado ao cilindro do
agente extintor.
Obs: somente para extintores
a base de água e pó.
Capacidade
de proteção
Cada unidade extintora
protege uma área de acordo com o risco de incêndio da mesma.
Risco leve: 500 m²
Riscos médio ou elevado: 250
m²
Distância
a ser percorrida
Os extintores devem ser
dispostos de maneira equidistante e distribuídos de forma a cobrir a área do
risco (classe de risco de incêndio), de modo que o operador percorra, do
extintor até o ponto mais afastado, um caminhamento máximo de:
- Risco leve: 20m
- Risco médio: 15m
- Risco elevado: 10m
Localização
Os extintores devem ser
localizados em locais de boa visibilidade, fácil acesso e locais onde em caso
de incêndios a probabilidade de bloquear o seu acesso seja mínima. Os
extintores não devem ser disponibilizados em degraus ou patamares de escadas.
Sinalização
O local onde está instalado
extintor de incêndio deverá ter o piso sinalizado com um quadrado de no mínimo
1 m², além de sinalização sobre os aparelhos com seta ou círculo vermelho com
bordas em amarelo, e quando a visão for lateral deverá ser em forma de prisma.
Sob o extintor deverá ser
fixado a 20 cm da base do extintor, círculo com a inscrição em negrito “Proibido
Depositar Materiais”.
Fixação
Os extintores portáteis
deverão ser afixados de maneira que nenhuma de suas partes fique acima de 1,7m
do piso acabado e nem abaixo de 1m; a fixação do aparelho deverá ser instalada
com previsão de suportar 2,5 vezes o peso total do aparelho a ser instalado.
Nos casos onde a fixação em
paredes seja prejudicada, em virtude de serem construídas em materiais
mecanicamente não resistentes, os extintores portáteis poderão ser locados em
suporte sobre o piso, instalado com a parte inferior, no mínimo, a 20cm do piso
acabado, de modo que a visibilidade e acesso não fiquem prejudicadas.
Manutenção
dos extintores
Os extintores devem passar
periodicamente por manutenções, que são classificadas em 1º, 2º ou 3º nível.
A manutenção de 1º nível
envolve componentes que não são sujeitos à pressão permanente.
A
manutenção de 1º nível consiste em:
Manutenção de caráter
corretivo, geralmente efetuada no ato da inspeção técnica, que pode ser
realizada no local onde o extintor de incêndio está instalado, não havendo
necessidade de remoção para a empresa registrada. Na manutenção de primeiro
nível deve-se realizar limpeza dos componentes aparentes, substituir e
reapertar componentes roscados que não estejam submetidos à pressão.
Obs: a manutenção de 1º
nível, assim como a de 2º e 3º, deve ser realizada por profissional legalmente
habilitado.
Manutenção
de 2º nível
Manutenção de caráter
preventivo e corretivo que requer execução de serviços com equipamento e local
apropriados, isto é, na empresa registrada. Na manutenção de 2º nível, além da
troca da carga do agente extintor devem ser verificados e limpos todos os
componentes do extintor e substituídos os que se encontrarem danificados, ou
que por outro motivo se faça necessário, inspecionadas as partes internas e
externas do extintor em busca de danos ou corrosão, pintura, verificação de
possíveis vazamentos, etc.
A manutenção de segundo
nível, além de poder ser realizada somente por profissional legalmente habilitado
e vinculado a empresa credenciada, também deve ser efetuada em local adequado à
atividade.
Manutenção
de 3º nível
Manutenção onde se aplica um
processo de revisão total do extintor de incêndio, incluindo a execução de
ensaios hidrostáticos. A manutenção de terceiro nível inclui todos os
requisitos aplicáveis à manutenção de segundo nível, além do ensaio
hidrostático do cilindro, de forma que se possa garantir que sua resistência
física está apta a suportar a pressão a qual é submetido. Os cuidados e
obrigatoriedade na manutenção de 3º nível não difere da manutenção de 2º nível,
a qual só poderá ser efetuada por profissional e empresa legalmente habilitados
e credenciados com local apropriado.
Período
de manutenções
A manutenção de primeiro
nível deve ser realizada a cada seis meses, segundo Normas vigentes.
A manutenção de segundo
nível deve ser efetuada a cada 12 meses ou sempre que o cilindro ou componente
do mesmo apresente algum tipo de alteração (lacre rompido, despressurização,
etc).
Obs: Quando o extintor de
incêndio estiver submetido a condições adversas ou severas, ou ainda se for
indicado por uma inspeção técnica, o intervalo de manutenção pode ser reduzido.
A manutenção de terceiro
nível, também conhecida como teste hidrostático, é o teste realizado no cilindro
com objetivo de testar sua capacidade em suportar a pressão, a qual o mesmo é
submetido. O teste hidrostático poderá ser realizado a cada cinco anos, desde
que o cilindro não apresente deterioração do casco, o que poderá comprometer
sua capacidade física.
Vale lembrar que na
manutenção de terceiro nível, não só o cilindro, mas todos os componentes devem
ser inspecionados e substituídos se for necessário, além da recarga do agente
extintor.
Obs: não é permitido a
manutenção nos recipientes dos extintores de incêndio de baixa pressão, os
cilindros dos extintores de incêndio de alta pressão e os cilindros para o gás
expelente que não possuam as seguintes marcações à punção:
- Identificação do fabricante;
- Número do recipiente ou cilindro;
- Data de fabricação;
- Norma de fabricação;
Os prazos de validade das
manutenções de 1º e 2º níveis podem variar de um estado para o outro, conforme
Normas do Corpo de Bombeiros Militar do estado.
Fontes: Portaria n.º 005, de
04 de janeiro de 2011 – Inmetro; Portaria 206/2011 – Inmetro; ABNT - NBR 12962
e IN-28 - Instrução Normativa do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.