A ergonomia é uma
importante ferramenta que influencia diretamente na capacidade produtiva e na
saúde do trabalhador. Valorizar seus funcionários é essencial e indispensável,
deixar de lado o bem estar e a saúde destes, certamente é colocar em risco investimentos
e resultados.
O que é Ergonomia?
A Ergonomia é o estudo
de uma atividade, promovendo a adaptação do meio de trabalho e ambiente em
relação ao trabalhador, eliminando ou reduzindo os riscos ergonômicos para o
colaborador. Estuda ainda vários aspectos como a postura, os movimentos
corporais, os fatores ambientais, entre outros em que o trabalhador está
exposto.
O Ergonomista é
responsável por utilizar e aplicar teorias, princípios, dados e métodos que
visam otimizar o bem-estar do indivíduo e desempenho dos sistemas.
A normatização da Ergonomia no Brasil
A ergonomia em um
ambiente de trabalho encontra-se previsto em uma das Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho, a controle das condições NR-17. Esta norma, aprovada em
1978, passou por atualizações em 1990 e 2007, com a inclusão de anexos para
atividades específicas: o Teleatendimento e o Operador de Checkout.
Desde 1978, o que se
espera com esta NR é que todas as atividades laborais estejam de acordo com as
condições psicofisiológicas do trabalhador, sendo dever do empregador a
identificação e controle destas condições.
A
importância da Ergonomia no ambiente de trabalho
Segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), 10% do PIB dos países em desenvolvimento estão
relacionados aos custos com doenças e danos ocupacionais.
A prevenção por meio do
conhecimento e controle dos riscos ergonômicos é, certamente, o melhor caminho,
pois é capaz de reduzir custos com reabilitação e tratamento de doenças
osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT), além de contribuir com índices
de produtividade, absenteísmo e outros custos diretos e indiretos em
decorrência de afastamentos e turnover.
O gerenciamento dos riscos ergonômicos
A compreensão da
presença e de como atuar diante dos riscos ergonômicos é de extrema importância
para as empresas, principalmente com a chegada do eSocial, um sistema público
de unificação das informações fiscais, administrativas e trabalhistas, que
devem ser informadas juntamente com uma série de dados – incluindo os
ergonômicos, que deverão ser descritos, se houver, nos eventos S-1060 e
S-2240.
Vale ressaltar que a
implantação deste sistema não altera a legislação atual, apenas centraliza em
um único local o envio/recebimento das informações legais. E o mais importante:
ao identificar os riscos ergonômicos e corrigi-los antes da obrigatoriedade do
envio, estes passam a não existir.
Isso é possível através
de um estudo das atividades laborais, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET),
que fundamentará a existência ou não destes riscos e trará condições para que a
empresa mantenha um Programa de Gerenciamento de Riscos Ergonômicos. Com isso,
além de atender a legislação vigente, a empresa será capaz de:
– Eliminar ou reduzir
Riscos Ergonômicos;
– Reduzir afastamentos,
acidentes que estejam relacionados à Ergonomia;
– Incluir a cultura de
melhoria contínua em Ergonomia.
A Ergonomia não deve
ser um estudo implantado somente para cumprir a legislação vigente, deve estar
presente na cultura organizacional, como uma ferramenta para criar valor,
promover a inovação, aumentar a produtividade e competitividade e manter o
recurso mais valioso de uma organização: a saúde do trabalhador.