quarta-feira, 11 de novembro de 2015

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Segundo Ministério da Saúde, cerca de 20% da população brasileira apresenta hipertensão arterial sistêmica (Pressão Alta) e 50% da população que apresenta obesidade tem a doença.
A hipertensão arterial ou pressão alta como é popularmente conhecida, caracteriza-se pela força que o sangue faz contra as paredes arteriais para conseguir circular por todo o corpo. Quanto menor o diâmetro das artérias, maior é a pressão.
A pressão arterial é dividida em sistólica (pressão alta) e diastólica (pressão baixa). Quando o coração se contrai, expulsa o sangue que está no ventrículo esquerdo do coração (rico em O²) e este sai pela artéria aorta passando para demais artérias, formando a pressão sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg. Ao contrário, o retorno do sangue ao coração é realizado pelas veias cavas ao átrio direito (rico em CO²), que ocorre durante o relaxamento do coração, e esta pressão é chamada de diastólica que tem como valor normal 80 mmHg.
Um paciente que apresente pressão sistólica igual ou superior a 140 mmHg, ou pressão diastólica igual ou superior a 90 mmHg é considerado hipertenso. A hipertensão pode ser dividida em três estágios, que são chamados de estágio I, II e III, e que são definidos de acordo com os valores da pressão. Por exemplo: estágio I refere-se a valores de pressão acima de 140 por 90 e abaixo de 160 por 100. Estágio II, pressão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110 e por fim, estágio III que é a pressão acima de 180 por 110.
Os valores da pressão geralmente caem quando estamos em repouso (dormindo ou relaxados) e aumentam durante atividades físicas, trabalhos intensos, agitação ou estresse. Por isso, pessoas hipertensas não devem se incomodar, pois o incomodo gera estresse, que por sua vez aumenta a pressão.
A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles:
Fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física, diabetes, sono inadequado, etc.
Apesar de ser mais comum em idosos a hipertensão é uma doença que acomete pessoas, independente de gênero e idade. Os idosos são mais vulneráveis porque com o passar do tempo, nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar, são chamados de vasos menos complacentes. Cerca de 70% dos adultos acima dos 50 ou 60 anos possuem a doença.
A hipertensão provoca sintomas somente em estágio avançado da doença ou caso a mesma aumente de forma abrupta e exagerada. Porem, algumas pessoas podem sentir dores no peito, na cabeça, tonturas, visão embasada, sangramento nasal (epistaxe), entre outros. Caso o paciente apresente estes sintomas, deve ficar em alerta e procurar um médico.
O diagnóstico da pressão pode ser feito através da aferição da mesma, com uso de aparelhos manuais ou automáticos.
Tratamento
O objetivo do tratamento é não deixar a pressão passar dos valores considerados normais, que é de 120 por 80 mmHg.
A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento, o qual dependerá das medidas da pressão e somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente. Nos casos de hipertensão leve, opta-se pelo tratamento não medicamentoso, o qual o paciente mudará seus hábitos de vida. Estes hábitos estão relacionados a uma boa alimentação, prática de atividades físicas, controlar o sal, evitar ou não exagerar na bebida alcoólica, controlar estresse, peso, colesterol, etc.
A pressão alta tem relação com aumento do peso, nesse caso, perder peso é uma forma eficaz de melhorar a pressão arterial.
Se a pressão é discretamente alta e o paciente não consegue controlá-la com atividades físicas, não ingestão de bebidas alcoólicas, perdendo peso ou se já tem os níveis mínimos mais elevados, deve-se fazer uso de medicamentos, os quais manterão os vasos mais relaxados.
Os medicamentos para controle de pressão alta são vasodilatadores, ou seja, dilatam os vasos aumentando diâmetro dos mesmos.
Recomendações
Apesar de não ter cura, a hipertensão tem controle, porém, não basta apenas o uso medicamentoso é necessário principalmente mudança de hábitos, entre eles, o hipertenso deve:
Adotar dieta rica em frutas, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura;
Adotar prática de atividades físicas;
Evite o estresse;
Controle o colesterol e o peso;
Não fume. Entre outros danos ao organismo, o cigarro estreita o calibre das artérias, o que dificulta ainda mais a circulação do sangue;
Não interrompa o uso da medicação nem diminua a dosagem por sua conta;
Meça a pressão arterial com regularidade e anote os valores;
Não esqueça que hipertensão é uma doença crônica e que complicações podem ser prevenidas com o uso de drogas anti-hipertensivas e mudanças no estilo de vida.
Fontes: Ministério da Saúde; Drauzio Varella; Minha Vida