sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

AVISO PRÉVIO: CONCEITO E FINALIDADE


Aviso (comunicação) prévio (com antecedência) é a notificação feita por uma das partes do contrato de trabalho à outra, comunicando a intenção de pôr fim a esse contrato de trabalho, sem a existência de justa causa.

É considerado um direito trabalhista quando o empregador demite o funcionário. Mas se houver pedido de demissão, o cumprimento do aviso prévio torna-se uma obrigação do empregado.

O aviso prévio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de tra-balho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e ao empre-gado uma nova colocação no mercado de trabalho.

Nos contratos de trabalho por tempo determinado, o aviso prévio deixa de existir tendo em vista que as partes já ajustam, desde o início, o termo final, ou mesmo têm uma previsão aproximada do seu término.

Comunicação

A forma de se conceder o aviso prévio não é prevista pela lei, é um ato informal, portanto ela poderá ser verbal, por carta, telegrama ou qualquer outro meio de comunicação, mais é de praxe utilizar uma carta de aviso prévio porque facilita à prova de fato que, por ser positivo cabe o ônus a quem alega em juízo tê-lo cumpri-do.

Costuma-se fazê-la por escrito, em 3 (três) vias, sendo uma para o empregado, outra para o empregador e a terceira para o sindicato.

Quer saber mais? CliqueAQUI.

Fonte: Revista Norminha

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MENTIR SOBRE O TOTAL DE HORAS AULA MINISTRADA À CIPA PODE SER CONSIDERADO CRIME


Pra galera que dá pouca (ou nenhuma) importância ao treinamento da CIPA, segue parte de um relatório que está saindo do forno.



"No caso específico do Auto de Infração nº 000.000.00-0 (“Ministrar treinamento para os membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes com carga horária inferior a vinte horas”), a irregularidade vai muito além de um descumprimento de dispositivo normativo da esfera trabalhista.

O art. 299 do Código Penal traz o crime de Falsidade Ideológica: “ Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”.


No caso, quando a empresa optou em fazer constar no papel que o curso “FORMAÇÃO DE CIPA” foi realizado em 3 dias com duração total de 20 horas, sendo que, na realidade, o mesmo foi ministrado apenas em 1 dia com duração total de 8 horas, o objetivo da empresa era o de ludibriar a fiscalização do trabalho numa possível inspeção, prejudicando tanto a capacitação dos novos membros da CIPA para que desempenhassem suas funções com eficiência quanto o resultado da ação fiscal caso a irregularidade não fosse constatada através das entrevistas feitas no local.


“Dessa forma, sugerimos o envio do presente relatório às autoridades policiais para que seja averiguada a autoria do delito”.


>> Estamos de olho!! <<

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CULTURA DE SEGURANÇA E O PROCESSO DE INFLUÊNCIA NA ATITUDE DOS TRABALHADORES



Uma pesquisa feita pela Sociedade Americana de Engenheiros de Segurança (ASSE) no último ano nos traz números interessantes para refletirmos. A pesquisa, embora muito relevante, foi feita de maneira simples, apenas com duas perguntas:

A primeira pergunta questionou os profissionais da área de segurança se eles achavam que o desempenho de sua área afetava o desempenho financeiro da empresa. A resposta? 86% dos entrevistados disseram que sim. A segunda pergunta também trouxe outro dado revelador, pois, questionou os profissionais se eles tinham todas as ferramentas que consideravam necessárias para educar seus trabalhadores sobre o tema segurança. A resposta? 55% dos entrevistados concordaram que sim.

Então fica a pergunta? Se eu tenho todas as ferramentas e é claro que a segurança impacta o resultado financeiro por que ainda enfrentamos problemas no aculturamento dos trabalhadores?

A resposta pode vir de um famoso guru da área de negócios, Dale Carnegie, que em um dos seus livros mais vendidos justamente tratou sobre o tema "Como influenciar pessoas", pois, é uma tarefa desafiadora para os líderes de todas as áreas e hierarquias.

Para criar uma cultura de segurança sólida, não basta apenas ter as ferramentas e procedimentos corretos e saber como aplicá-los, é necessário também que os líderes de segurança consigam a conscientização dos seus trabalhadores, e aqui entra fortemente o papel da influência que o líder tem sobre sua equipe.

Abaixo trazemos alguns dos conceitos do famoso livro do autor Dale Car-negie podem ajudá-lo nesta influência e conscientização no dia-a-dia de trabalho.
Se quer tirar o mel, não espante a colméia. Isto significa: não criticar, condenar ou se queixar de uma pessoa quando cometer alguma falha segurança. Para que ela aprenda de maneira eficaz precisa compreender a importância do procedimento e/ou equipamento. Críticas devem ser construtivas, pois, as negativas tendem a não ser bem recebidas e podem acabar induzindo à reincidência do mau comportamento; Seja um bom ouvinte. Compreenda o porquê da resistência dos trabalhadores em seguirem um determinado procedimento ou de usar um determinado equipamento de proteção. Compreendendo suas razões você pode chegar a diversas soluções como adaptações ou trocas necessárias que pode inclusive afetar a mais pessoas;
Use apelos nobres.

Quando falamos de segurança no trabalho isto é fácil, pois, a área por si só já existe por um motivo muito nobre que é proteger e zelar pela integridade e vida dos trabalhadores.

Demonstre aos trabalhadores que a necessidade existe não por chatice, mas sim por um motivo muito maior que é sua vida e saúde; Comece por um elogio ou apreciação sincera. Se você deve apontar um erro, uma boa forma de começar a conversa é elogiando as atitudes positivas que ele já teve e desenvolver o assunto até o ponto onde ele precisa melhorar para ser tão bom quanto naquilo que foi elogiado no início da conversa.

Quer conferir os dados da pesquisa da ASSE na íntegra e saber mais sobre o assunto? 


Fonte: Revista Norminha

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

POSSO PULAR A HORA DE ALMOÇO E TRABALHAR SÓ 7 HORAS?

Além de pavimentar o caminho para possíveis problemas de saúde, quem abre mão do almoço está também burlando a lei, segundo especialista; entenda.

Resposta de Marcelo Costa Mascaro Nascimento, sócio majoritário do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista.

Não, o intervalo para refeição e descanso tem como finalidade proteger a saúde do trabalhador, por isso, as normas sobre o tema são bem claras. A regra geral prevista na CLT estabelece que as jornadas até quatro horas não terão direito a intervalo. Já aquelas que duram entre quatro até seis horas terão 15 minutos de intervalo intrajornada. Passando de seis horas, os empregados têm direito a um intervalo entre uma hora e duas horas.

A ideia é que o intervalo seja concedido mais ou menos no meio da jornada de trabalho, a fim de proporcionar um descanso para que o empregado possa recobrar suas forças físicas e mentais.

Contudo, é possível que a empresa reduza o intervalo mínimo de uma hora para até 30 minutos, mas isso deverá ser feito por meio de acordo ou convenção coletiva. Ou seja, com a concordância e participação do sindicato. O ajuste individual (entre empresa e empregado) não é válido.

Então, você não pode simplesmente suprimir o intervalo de sua jornada, pois isso poderá, futuramente, lhe causar sérios problemas de saúde - que prejudicarão não somente a si próprio como também à empresa, já que se o empregado for afastado para receber benefício do INSS, esta deverá arcar com uma série de direitos que são devidos por lei para tais casos.

Além disso, trata-se de um direito indisponível, por ser norma de ordem pública sobre saúde e segurança do trabalho. É o mesmo caso do direito a férias, que o empregado não pode abrir mão em troca do valor correspondente, ainda que assim o deseje.



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

6 ARGUMENTOS PARA VOCÊ SER UM DEFENSOR DA SEGURANÇA NO TRABALHO


Você conhece o tripé produtividade-qualidade-segurança? Ele concerne alguns dos enormes conflitos que nós empreendedores enfrentamos no dia-a-dia. Por que? Segurança é essencial, mas afeta o ritmo do trabalho e a qualidade do produto.

Para revisar , segurança significa tanto utilizar os equipamentos de proteção (as EPIs), quanto respeitar os procedimentos de segurança. Mas vai além: é a não exploração de um funcionário acima do limite de sua capacidade emocional e física. É não exigir de um funcionário muito extenuado uma atividade arriscada que exige concentração, ex. boys ou motoristas. Respeitar prazos de recuperação de fadiga para evitar lesões por esforço repetitivo e, bem importante, prestar atenção ao trabalho dos funcionários, à forma como está sendo realizada, pois eles podem não ter consciência de que estão colocando a vida em risco.

Minha motivação para esse post foi uma história que aconteceu comigo no campo de obra: as alternativas para segurança da nossa equipe estouraria a meta de custo, o que arruinaria o resultado da obra e o nosso bônus. Eu, que balizo minhas decisões pelo lado financeiro, tentei cortar alguns equipamentos. Mas, meu sócio, centrado e maduro, exigiu o cumprimento das normas de segurança.

Segurança pode realmente ser muito caro, custo que se repassado ao cliente pode torna o preço do seu serviço menos competitivo. Ainda assim, eu estava errado, e meu sócio fez o certo.

O problema é que na tomada de decisão no calor da operação, o emocional distorce a analise da situação. Uma forma de evitar essas armadilhas é estar bem instrumentado, com argumentos irrefutáveis para não te convencerem a agir errado. Pensando nisso, pesquisei e separei 6 argumentos para compartilhar com vocês:

1 – Economia com segurança parece boa no curto prazo, mas é péssima de médio

Hoje se é “esperto” economizando algum dinheiro com equipamento de proteção. Amanhã um acidente mutila um colega de trabalho e você será demitido além de ser processado.

E aí, vale a pena? Não tem como valer a pena nunca.

Já para as empresas, a razão de tantos processos trabalhistas é o desacerto da área operacional com os procedimentos de segurança. Um processo de milhares de reais por um custo de menos de cem.

E esqueça a esperança de resolver no jeitinho, na conversa para não tomar um processo. Você acha que seu funcionário vai tratar com coleguismo uma situação prejudicial para ele? Você foi colega do seu funcionário e respeitou a vida dele antes do acidente?

2 – E não é sustentável

E aí você vai conduzir seu negócio para sempre colocando seus funcionários em risco? Não seria melhor precificar adequadamente seu produto para cobrir custos de segurança? Observe se você está errando em outros fatores e descontando nos custos de segurança. Isso é grave. Cuidado.

3 – Que líder você gostaria de ser?

Quantas pessoas te seguirão depois de tomarem consciência de que você coloca a vida delas em risco mas não a sua? Você perderá o respeito dos seus liderados. Se tiver contando mentiras para eles, como por exemplo “é seguro. Não vai acontecer nada”, vão te devolver mentiras do tipo, “fiz certo”, “atendi bem sim”, “não deixei nada errado”.

Isso vai virar uma bola de neve e desestabilizar sua relação com os colegas. Jamais coloque a vida dos outros em risco, pois você coloca o seu futuro junto dessa forma.

4 – Fazer concessões é atravessar uma fronteira sem volta

Sabemos que não existe “só dessa vez” ou “só por hoje”, se te pedirem para furar uma regra de segurança com o “só por hoje” responda: “só por hoje não vou fazer”.

A disciplina é essencial com segurança. Os funcionários vão relaxando e afrouxando até a hora que acontece um acidente. Disciplina é tudo em segurança. Siga a regra do “só por hoje”.

5 – É uma questão de equilíbrio para a vida de todos

Se coloque no lugar do outro e faça a ação arriscada você mesmo. Dinheiro não pode contestar nunca a vida. Se você fraquejar, pode tornar sua vida muito complicada, com insônias, preocupações, estresse até o limite de um problema grave de saúde.

6 – Metas são elaboradas sobre premissas de equilíbrio

Ninguém planejou bater meta sem desrespeitar fatores de segurança, então não será agora. Quando se rompe com os procedimentos de segurança, as metas já foram perdidas. Não precisa mais se estressar e correr. Ninguém planejou bater a meta “independente da saúde e vida das pessoas”.

Segurança é custo, mas mil vezes maior é o custo de um acidente. Será que você conseguirá realmente economizar dinheiro no final da história após mil dias de trabalho arriscado?

E não se esqueça que, geralmente, em negócios, tudo que pode dar errado, dá errado. Então não abandone jamais qualquer item de segurança por exigência de custos, produtividade ou qualidade.


 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DESCUMPRIR ORDEM DE SEGURAÇA TEM COMO CONSEQUÊNCIAS A PERDA DOS DIREITOS


As Normas as quais se referem à segurança do trabalho definem claramente as responsabilidades do empregador, porém, estas mesmas Normas também definem as responsabilidades do trabalhador. Ou seja, todos têm direitos e deveres e quando não cumprem com seus deveres, perdem seus direitos.

Um trabalhador da construção civil (Pedreiro) perdeu a vida após fazer uso de um equipamento (Serra Elétrica), a qual apresentava defeitos e por esse motivo o empregador havia retirado de operação e colocado-a em local isolado da obra, desligado e cortado os fios elétricos para evitar sua utilização, além de advertir todos os trabalhadores para não utiliza-la.

Infelizmente o trabalhador descumpriu a ordem do empregador de não fazer uso do equipamento e ao tentar serrar um caibro com a serra em questão, o mesmo foi atingido por fragmentos metálicos, os quais atingiram sua jugular, levando-o a óbito.

A Norma Regulamentadora 18 – (NR 18) em seu item 18.7 define que somente trabalhador autorizado pode operar estes equipamentos, o qual para ter autorização deve passar por um treinamento específico sobre a atividade que irá desempenhar, sobre os riscos inerentes à função, Equipamentos de Proteção Coletivo (EPC) do equipamento, Equipamentos de Proteção Individual a serem utilizados pelo operador, medidas preventivas, etc.

Nesse caso, o trabalhador além de descumprir uma ordem do empregador, também foi imperito, pois ele não era habilitado e nem autorizado a desempenhar tal atividade a qual lhe custou à vida.

Diante do ocorrido, a família do trabalhador entrou com uma ação contra a empresa pedindo indenização por danos morais e materiais, porém, o pedido  foi negado pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que entendeu que o acidente ocorreu por culpa do trabalhador.

Leia a matéria na integra aqui!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O QUE É DDS?

A sigla DDS significa Diálogo Diário de Segurança. Trata-se de um método usado na prevenção de acidentes e impactos ambientais, garantindo aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos da atividade e as medidas de controle que devem ser adotadas, entre outros temas de segurança no trabalho. Com a evolução das empresas, algumas também utilizam a expressão DDQSMS, ou seja, Diálogo Diário de Qualidade Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

É um diálogo destinado a despertar no colaborador a conscientização envolvendo suas atividades diárias. Conscientização aqui pode ser definida como a preocupação constante com segurança do trabalho, saúde, meio ambiente e qualidade.

O DDS é uma das ferramentas de segurança do trabalho muito utilizada nas empresas atualmente, bastante antiga e que já foi chamada de minuto da segurança, mas que continua muito atual.

Na década de 90 o DDS surgiu como uma ferramenta poderosa na prevenção de acidentes e à medida que as empresas foram evoluindo, foram introduzindo novos temas, ampliando os assuntos a serem tratados no diálogo diário. Com isso, novas siglas foram criadas, tais como: DDHS – Diálogo Diário de Higiene e Segurança; DDHSMA – Diálogo Diário de Higiene, Segurança e Meio Ambiente; DHSMQ – Diálogo Diário de Higiene, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade, DDSQMS – Diálogo Diário de Saúde, Qualidade, Meio Ambiente e Segurança, etc.

Como podemos ver, a diversidade de assuntos passou de, apenas Segurança do Trabalho, para: Segurança do Trabalho, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade.

Isso se deve ao fato de que as empresas vislumbraram nessa ferramenta a oportunidade de fazer com que os colaboradores passassem a discutir em seus dia-a-dia assuntos que envolvem o interesse de todos.

Onde aplicar o DDS?        

O DDS pode ser realizado em uma sala de reunião ou mesmo no próprio local de trabalho (o que é mais comum, por ser um diálogo rápido).

Qual a Duração?

O DDS não deve ultrapassar 15 minutos, porém a recomendação é de 5 minutos.

Quem deve Aplicar?

O responsável pela aplicação do DDS pode ser o engenheiro, o técnico de segurança ou mesmo o supervisor do trabalho. Ele também pode escolher alguém do grupo para apresentar o tema escolhido, como um cipeiro, por exemplo.

Definição do (os) tema (s).

Os temas devem ter ligação com o tipo de atividade executada pelo grupo/ organização.

É possível fazer uma lista de temas para o ano todo. Também é possível abordar temas sugeridos pelos próprios colaboradores, ou temas que surgem de acordo com a necessidade da organização.

Recomendações:

Todos devem assinar um formulário registrando a participação no DDS que posteriormente será armazenado;

O DDS não é uma reunião, portanto não se deve abrir para discussão em torno do tema apresentado ou você acabará perdendo o controle;

Não deixe que assuntos paralelos desviem a atenção do tema escolhido;

O Serviço de segurança deve auditar (registrar em formulário próprio) os DDSs para saber se estão sendo realizados a contento.

Por; Patrícia Milla Gouvêa


Fonte: Revista Norminha

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

OS "5 - P'S" DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO



Todos os dias lidamos com diversos tipos de ferramentas de trabalho e sistemas que nos ajudam a desenvolver nossas atividades, garantindo agilidade, conforto, melhores resultados, economia e segurança. Os “5 – P's” vem mostrar a importância do item segurança para o bom desenvolvimento do trabalho dentro da organização.

O presente artigo vem apresentar os “5 – P's” de um Sistema de Gestão de Segurança do Trabalho, que trata-se de uma visão global através da Norma Internacional OSHA (Occupational Safety and Health Administration), e sua finalidade é dar diretrizes para o bom desenvolvimento das condições do trabalho, de forma a garantir a promoção da saúde, prevenção de acidentes e assim garantir a integridade física e mental dos colaboradores em suas organizações.

1. Programa de Segurança
 A Norma OSHA considera que um programa de segurança e saúde deve ser um “Sistema abrangente, oferecido pelo empregador específico do local para promover a saúde e prevenir acidentes do trabalho.” Cada programa será um subsistema dentro dos conceitos de Segurança Meio Ambiente e Saúde - SMS global.

2. Plano de Segurança
Um plano de segurança é uma declaração por escrito de como alcançar metas e objetivos, assim indicados nas declarações de missão e visão da organização. Planos escritos em geral devem descrever as estratégias e táticas que serão empregadas. Existem três categorias de planejamento:

·  O planejamento estratégico aborda as metas e objetivos de longo prazo;

·  Planejamento Operacional aborda as metas e objetivos de curto prazo;

·  Endereços de planejamento de contingência previstos, mas as mudanças não desejadas.

As estratégias são as ações gerais que a longo prazo tomamos para atingir metas e objetivos gerais da organização. 

As táticas são as atividades específicas para cumprir metas e objetivos subordinados. É importante que todos os programas de segurança incluam planos escritos. Existem cinco tipos gerais de planos:

·  Planos de produção. Estratégias e táticas para atingir as metas de produção e objetivos;

·  Planos de melhoria dos métodos. 

Estratégias processuais e táticas para melhorar os métodos e desempenho;

·  Planos de contingência. Estratégias e táticas para o cumprimento das metas e objetivos, quando algo inesperado acontecer;

·  Planos de ausência. Estratégias e táticas para continuar na ausência de recursos;

·  Planos de orçamento. Estratégias e táticas, expressa em termos financeiros, para atingir metas e objetivos.

Utilize os critérios abaixo para avaliar os planos de segurança da sua empresa:

·  São os seus planos eficazes?

·  São planos por escrito?

Os melhores planos são os mais propensos a falhar, se eles não forem bem definidos por escrito.

·  Os programas de segurança incluem planos por escrito?

A Norma OSHA requer "programas escritos" em variados formatos.

·  Os planos escritos incluem ambas as estratégias e táticas?

Exemplo: No Programa de Gerenciamento de Riscos, as rotulagens dos recipientes são uma estratégia (atividade geral) para cumprir o objetivo do programa para comunicar riscos químicos. Inspeção diária de etiquetas dos recipientes é uma tática específica (procedimento) usado para garantir que os recipientes estão devidamente rotulados.

·  Existem pessoas designadas para levar a fim as estratégias e táticas?

·  São cumpridos os prazos estabelecidos para as atividades e procedimentos?

·  Os planos são periodicamente revistos e avaliados?

3. Política de Segurança
A política de segurança pode ser obrigatória (a regra) ou voluntária (a diretriz). É uma (geralmente escrita) declaração predeterminada que fornece orientação na tomada de decisão. Ela reflete os objetivos de gestão da alta administração e os objetivos relacionados com a função da segurança do trabalho dentro da organização. Uma política de segurança eficaz é tanto educacional como fator de mudança de cultura, pois informa a todos sobre comportamentos de segurança e padrões esperados e por que eles são importantes. Também atribui a responsabilidade de executar determinadas funções ou supervisionar pessoas e programas.

Utilize os critérios abaixo para avaliar a Política de Segurança de sua empresa:

·  A Política é eficaz?

As políticas são baseadas em informações objetivas, fatuais, ou palpites subjetivos? 

As políticas baseadas em palpites ocorrem mais frequentemente em culturas corporativas impulsionada pelo medo.

·  A Política tem atuação nos diferentes níveis organizacionais ou existem fatores contraditórios?

Políticas contraditórias são comuns entre os órgãos governamentais.

·  Não existe coordenação entre as diferentes áreas funcionais e há conflito, uns com os outros no desenvolvimento da política?

O comitê de segurança pode ser uma ajuda real cumprindo este critério.

·  A Política está escrita em linguagem de fácil assimilação?

Deixar bem clara a política e sua compreensão é necessário para diminuir a ansiedade sobre os demais colaboradores.

·  A Política é revista com frequência?
Política de Segurança eficaz é estável ​​e não mudam com freqüência.
·  A Política possui flexibilidade?

Políticas rígidas refletem em estilo de gestão tradicional em vez de gestão do conhecimento.

·  A Política contribui para a tomada de decisão de gerentes e supervisores?

As políticas devem ajudá-los a se sentir confortável para tomar decisões diárias, sem necessidade de chamar a Alta Administração.

4. Processos de Segurança
Os processos são uma série de procedimentos, cada um trabalhando em conjunto para se alcançar um resultado/ objetivo em comum. Pense em um processo produtivo com uma série de tarefas de trabalho inter-relacionadas, com a aplicação de processos de segurança, obtêm-se melhores resultados e garante ao colaborador sua integridade física e mental.

5. Procedimentos de Segurança
Procedimentos são uma série de passos para se realizar uma tarefa, trabalho ou projeto específico, quando esses passos são executados juntos torna-se um processo. Os procedimentos também podem ser pensados como táticas, porque eles descrevem como metas e objetivos específicos estão sendo realizados. Por fim existem os procedimentos operacionais de segurança padrão (POP 's) que são um corpo geral, estável, escrito de procedimentos de segurança que conduzem a organização.


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ENTENDA O QUE É APOSENTADORIA POR INVALIDEZ


A Aposentadoria por Invalidez é o benefício destinado aos trabalhadores que, por motivos de doenças ou acidentes de trabalho, tornam-se incapacitados para o exercício da profissão. Segundo a advogada previdenciária Aparecida Ingrácio, do escritório Ingrácio & Ingrácio Advocacia e Consultoria Jurídica, é preciso entender quais situações se encaixam no recebimento do benefício e saber os fatores a considerar.

“Para obter o benefício é preciso que o indivíduo passe pela perícia médica da Previdência Social, que definirá se o caso enquadra-se como Aposentadoria por Invalidez. Somente as doenças e acidentes que prejudicam de forma definitiva a realização de trabalho garantem o direito a esta aposentadoria”, afirma a advogada. Vale ressaltar que no momento do exame médico da Previdência o segurado pode levar por conta própria um médico de sua confiança.

De acordo com Aparecida Ingrácio, o valor da Aposentadoria por Invalidez não considera o fator previdenciário – que é aplicado para cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição – e, por isso, corresponde a 100% do salário benefício. “Os trabalhadores inscritos na Previdência Social até o dia 28 de novembro de 1999 contam com o salário benefício correspondente à média dos 80% maiores salários da contribuição”, acrescenta a advogada previdenciária.

Caso o segurado seja portador de doença ou lesão antes de filiar-se a Previdência Social, o mesmo não terá direito à Aposentadoria por Invalidez, salvo se piorar o problema de saúde.

Além disso, a advogada Aparecida Ingrácio sugere atenção antes de solicitar a Aposentadoria por Invalidez: “É importante estar atento ao fato de que se o trabalhador possuir uma doença temporária, ele deve solicitar ao INSS o Auxílio Doença para recuperar-se e voltar à atividade profissional”.


 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

PASSAR MUITO TEMPO SENTADO FAZ MAL, DIZ ESTUDO


Passar boa parte do nosso tempo sentado é tão comum que pouca gente reflete sobre os efeitos negativos que o ato pode trazer para a saúde. E o problema não é só para a coluna, apesar dessa ser a primeira coisa que passa pela cabeça quando se pensa na questão. Ao fazer uma pesquisa rápida sobre o assunto você vai perceber que a comunidade científica já associou o ato de ficar sentado por muito tempo a problemas cardíacos, circulatórios, aumento na incidência de infartos, diabetes e até com a diminuição do tempo de vida.

Se, mesmo com essas informações, você pensou que o assunto não é tão sério, faça as contas. Oito horas diárias sentado no escritório, mais o tempo que você gasta dirigindo, no ônibus ou no metrô indo e voltando para casa, além das horas sentado no sofá ou usando o computador, tudo isso junto é muito mais do que os seus avós costumavam passar sentados e é bem mais do que especialistas acreditam que deveríamos fazer.

Uma publicação, de 2012, da Universidade de Leicester, na Inglaterra, analisou dados sobre longas horas na posição, tirados de 18 estudos envolvendo mais de 794 mil pessoas. A análise mostrou que as pessoas têm o costume de gastar entre 50% e 70% do tempo sentadas. Os pesquisadores ainda concluíram que quem mais ficava assim tinha um aumento de 112% nas chances de ter diabetes, 147% mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares e a probabilidade 49% maior de morrer prematuramente - mesmo quando eles se exercitavam regularmente.

Uma das raízes do problema é que a inatividade muscular pode interferir em importantes processos do corpo. Pesquisadores da Universidade de Leicester acreditam que ela aumente em 73% a chance de desenvolvimento da chamada síndrome metabólica. A base desse problema é a resistência insulínica - que é a dificuldade encontrada pela insulina de retirar a glicose do sangue ou processar gorduras. O resultado disso pode ser a hipertensão, aumento de glicose e queda do colesterol bom (aquele que evita a formação de placas de gordura nas artérias).

CORAÇÃO PERIFÉRICO

"Do ponto de vista vascular, o grande problema é que o sangue tem que retornar ao coração e para que ele volte é importante que a panturrilha trabalhe", explica o diretor Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Bruno de Lima Naves. "Quando você está parado esse retorno é muito lento. Em dias quentes, quando os vasos dilatam, ele fica mais lento ainda, por isso é normal que a perna fique pesada e até inchada", completa. A importância desse tipo de movimento das pernas faz com que especialistas da área chamem a panturrilha de "coração venoso periférico".

O médico também diz que longos períodos de inatividade estimulam a produção de toxinas. "As trocas gasosas ficam mais difíceis, o sangue fica mais grosso e isso também é negativo. O ser humano precisa de movimento", ressalta. A falta de circulação ainda pode resultar em hemorróidas, que são varizes, e no mau funcionamento do intestino, que precisa de movimento para impedir que as fezes fiquem enrijecidas.

MAIS TEMPO SENTADO, MENOS TEMPO DE VIDA

Por consequência, ficar muito tempo parado cria condições que podem reduzir sua expectativa de vida. Cientistas de diferentes partes do mundo reforçam a teoria. Um estudo, publicado em 2012 no British Journal of Sports Medicine, feito pela Universidade de Queensland, da Austrália, constatou que cada hora de televisão no sofá reduz a expectativa de vida do telespectador com mais de 25 anos em 21.8 minutos. A pesquisa também analisou dados referentes ao hábito de fumar e concluiu, curiosamente, que o cigarro não reduz tanto a vida quanto ficar sentado - diminuindo a expectativa em 11 minutos.

No geral, segundo os australianos, o simples ato de ficar sentado vendo TV ou fazendo outra atividade, durante uma média de seis horas diárias, pode diminuir a vida de um adulto em espantosos 4,8 anos.

NEM MALHAR AJUDA

Em um estudo específico sobre a relação da síndrome metabólica e o tempo que passamos sentados, os pesquisadores de Leicester deixam bem claro que aquele tempo que você gasta na academia e acha que compensa pelo que passa parado não muda em nada seu risco de desenvolver as doenças listadas. "O tempo no sedentarismo pode ser um determinante independente de disfunções metabólicas", reforça o trabalho.

Ou seja, o melhor jeito de evitar esses prejuízos é não ficar tanto tempo sentado. Para tanto, algumas soluções sugeridas por especialistas vão desde comer em pé à levantar a cada meia hora durante o trabalho e se mexer por, pelo menos, cinco minutos. Apoios de pé móveis, que permitem a movimentação da panturrilha, também são.

Reduzindo seu tempo sentado em menos três horas por dia pode te adicionar uns aninhos de vida. Um estudo norte-americano, publicado no British Medical Journal, fez as contas e sugere que essa mudança pode estender a vida em dois anos. Já se você conseguir passar duas horas a mais em pé terá a chance de apagar velhinhas ao menos mais uma vez.

CUIDADO COM A MANEIRA COMO VOCÊ SE SENTA

O especialista em cirurgia da coluna e presidente da regional mineirada Sociedade Brasileira de Coluna Rodrigo D`Alessandro afirma que a literatura médica diz pouco sobre os efeitos de se passar muito tempo sentado para a coluna. O problema maior, na opinião dele, está na ergonomia. "Ficar muito tempo sentado de forma correta é uma coisa, do jeito errado é outra", pontua.

Segundo o especialista, ao sentar na posição errada existe uma grande predisposição a se pressionar os discos intervertebrais, o que pode causar dor lombar. A melhor posição para a coluna é preservar a lordose lombar, ficando com a coluna retificada.

Ainda é importante manter a tela do computador na altura dos olhos. Uma posição equivocada pode causar desconforto na região da coluna vertebral. D`Alessandro também alerta para a importância de se apoiar os cotovelos na mesa, trabalhar sempre com o punho levemente estendido e com os joelhos apoiados de forma a se ter flexão do tornozelo.