quinta-feira, 31 de outubro de 2013

JUÍZES SÃO DESPREPARADOS PARA COMBATER ASSÉDIO MORAL NOS LOCAIS DE TRABALHO


Segundo especialistas, a organização das rotinas de atividades, somada à imaturidade e ao conservadorismo do Judiciário contribuem para o aumento dos casos de adoecimento.

A dificuldade para identificar o assédio moral institucional nos locais de trabalho pode ser consequência também da falta de preparo e do conservadorismo do Judiciário brasileiro, admite o juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Paulo Eduardo Vieira de Oliveira. Ele participou de um debate sobre o assédio moral no setor bancário, realizado na semana passada na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo.

Segundo o juiz, mais da metade dos casos de assédio moral é ignorada porque há uma crença geral de que o controle excessivo, a pressão e a cobrança abusivas por desempenho fazem parte da rotina normal do trabalho. "Outro dia ouvi (de um jurista) no tribunal: 'mas o empregador não pode regular o tempo do empregado ir ao banheiro?", relatou, para ilustrar como a organização de rotinas de trabalho, mesmo as degradantes, estão fortemente calcadas no imaginário de todos, inclusive de integrantes do Judiciário.

Segundo estudo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), dois terços da categoria bancária já sofreu com o assédio moral. Pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) revela que o número de tentativas de suicídio entre bancários já chega à média de uma por dia. E, a cada 20 dias, um trabalhador ou uma trabalhadora do ramo financeiro acaba por consumar o ato.

“O assédio é tão antigo quanto o trabalho. Recentemente as denúncias ganharam força porque os estudos de psiquiatria e psicologia evoluíram e agora as pessoas têm informações e estão conscientes de que não querem ter a saúde mental abalada e buscam por saúde integral, física e mental”, disse a advogada especialista em direito do trabalho Adriana Calvo.

Segundo a advogada, o assédio moral pode ser definido como violência psicológica e comportamento abusivo praticado de forma repetitiva, com ideia de infringir regras éticas. Mas como definir regras claras que permitam à Justiça do Trabalho aplicar indenizações ao assediado? “Um dos grandes problemas é determinar o que não é assédio moral, há vários critérios para se definir o que é isso”, afirma Adriana.

O assédio moral institucional ou organizacional é a forma que mais atinge os trabalhadores de forma geral. Ele está diretamente relacionado ao método de gestão das empresas e à organização de trabalho. No setor bancário, a pressão pelo cumprimento de metas cada vez maiores, impostas de forma unilateral, em um ritmo que muitas vezes o trabalhador não consegue acompanhar, agravam o quadro, levando os trabalhadores a diversas manifestações de transtorno mental.

“Metas existem em todas as organizações, até em instituições filantrópicas sem fins lucrativos. As metas são estabelecidas pelo planejamento estratégico de cada organização e negociadas internamente. O problema não está nas metas. Ele pode estar na forma como elas estão instituídas ou na forma como elas são monitoradas”, admitiu o assessor de relações trabalhistas e sindicais da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Nicolino Eugênio da Silva Júnior.

Percebemos que é necessário estabelecer alguns limites de parâmetros razoáveis na busca de soluções que evitem o pior, que é a judicialização.

 

 

Fonte: Revista Norminha

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

INCONPREENSÍVEL



Não consigo entender o pouco empenho de algumas empresas e de alguns profissionais de segurança em relação à gestão da CIPA. Muitos usam a desculpa de que a maioria dos cipeiros só quer a estabilidade. De qualquer forma, sempre teremos alguns interessados e outros que precisam ser direcionados. E a citada falta de empenho pode deixar tudo a perder, pois esta parcela de potenciais interessados pode vir a se tornar novos braços para o SESMT. Para isto é essencial realizar um treinamento de CIPA bem estruturado.

Na minha humilde opinião, o foco do treinamento deve ser no gerenciamento da comissão e no detalhamento da legislação. Mas o trabalhador não pode acabar utilizando a legislação contra a empresa? Hoje em dia com informação correndo para todos os lados, acho mais importante o trabalhador receber o conhecimento correto pelo SESMT, do que receber truncado, errado ou torto por outras fontes. Uma frase que deve ser repetida continuamente durante o treinamento é que a CIPA não é uma comissão para apontar problemas, mas sim para auxiliar com o desenvolvimento de soluções viáveis e estruturadas. Ensinar a CIPA a organizar seu plano de ação e ajudar a divulgar suas conquistas, só irá impulsionar cada vez mais os participantes. Por isso, “gaste” algumas horas com a CIPA e em alguns anos ou talvez em meses você terá braços para lhe auxiliar.

Fonte: Jornal Segurito

terça-feira, 29 de outubro de 2013

SEGURANÇA NO TRABALHO (VÍDEO)


EMBALAGENS CERTIFICADAS

Nem todo mundo presta atenção no item 4 do anexo 2 da NR16.

Dê uma lida no item transcrito abaixo:

4 - Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional:


4.1 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas, simples, compostas ou combinadas, desde que obedecidos os limites consignados no Quadro I, independentemente do número total de embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma NBR 11564/91 e a legislação sobre produtos perigosos relativos aos meios de transporte utilizados;

  
Ou seja, de acordo com a NR 16 se a empresa utilizar vasilhames que atendam aos ensaios estabelecidos na NBR 11564/91 e demais critérios citados no item transcrito há a possibilidade do não pagamento do adicional de periculosidade.




Os ensaios solicitados pela referida NBR são os seguintes:

- Ensaio de queda
- Ensaio de estanqueidade
- Ensaio de pressão interna
- Resistência ao empilhamento
- Ensaio de tanoaria (barris de madeira)
- Ensaio de perfuração (aplicável somente à subclasse 6.2)

Então verifique com o seu fornecedor se o seu vasilhame atende a referida NBR e deixe sua empresa um pouco mais segura.




Fonte: Jornal Segurito

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

TERCEIRIZAÇÃO SEM CONTROLE AUMENTA RISCO DE ACIDENTE DE TRABALHO, DIZ JUIZ


Os empregados de empresas terceirizadas estão entre as principais vítimas de acidentes e doenças do trabalho. A constatação foi apresentada em relatório do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, no 1º Encontro Estadual de Integrantes de Comissões de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA), em Cuiabá.

Balanço de acidentes de trabalho entre os anos de 2007 e 2011 no Brasil mostra crescimento das ocorrências. Em 2007, foram registrados 659.523 acidentes; quantidade que em 2008, subiu para 755.980, teve leve redução em 2009, passando a 733.365 casos; em 2010, baixou a 709.747 casos e em 2011, voltou a subir para 711.164 ocorrências. O setor da indústria é o terceiro em percentual de acidentes, com 47,1% dos casos, atrás apenas da área e serviços, que vitimou 48,3% no período. Os gastos com acidentes e doenças do trabalho no Brasil representam 4% do PIB brasileiro, algo em torno de R$ 71 bilhões ao ano.

Em Mato Grosso, a maioria dos casos de acidentes são típicos, tendo sido registrados 3.257 entre os anos de 2010 e 2012. Em segundo lugar, estão os acidentes de trajeto, com 610 ocorrências. Rondonópolis é campeão em acidentes graves, a maioria envolvendo doenças ocupacionais e intoxicações por agentes químicos, já que a atividade agrícola é predominante.

A terceirização desregulamentada está diretamente relacionada à ocorrência de acidentes, segundo o juiz Paulo Roberto Brescovici, do TRT-MT, coordenador do grupo interinstitucional que organiza o evento. Ele argumenta que os empregados terceirizadas nem sempre recebem um bom treinamento, o que aumento os riscos. “Hoje, discutimos a regulamentação da terceirização no Congresso Nacional. A maioria dos juízes e ministros do trabalho é contrária ao PL, pois no Brasil terceirização virou sinônimo de precarização”.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (FETIEMT), Ronei de Lima, o grande gargalo é a falta de formação e acesso à informações por parte das empresas, muitas da quais desconhecem e/ou desrespeitam deliberadamente a lei visando corte de custos. Em Mato Grosso, muitas empresas acham que investir em segurança ainda é gasto, não investimento. É preciso de uma mudança no modo de produção. Parabenizo o TRT-MT por esta iniciatia. É importante incentivar as CIPAS, os sindicatos precisam dar continuidade a esta formação, pois é ali que é feito o primeiro trabalho visando a segurança e proteção da saúde do trabalhador. A CIPA precisa sair do papel.

Na indústria, o setor da construção civil ocupa os primeiros postos no ranking de acidentes de trabalho no país e em Mato Grosso. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, levou à reunião de Cipeiros o palestrante Marcos Kniess, consultor em motivação e relacionamentos interpessoais e profissionais, que ministrará palestra às 14 horas.

Horas extras

As trocas de turno e jornadas excessivas de trabalho estão entre as principais causas de acidentes e lesões, segundo explicou o juiz. Ele destacou a importância de se orientar as escalas de trabalho a fim de evitar condições de risco, e citou como exemplo a recusa da Justiça em conceder aumento de carga horária diária em duas horas, conforme foi solicitado por algumas empresas, entre elas as que executam as obras da Copa do Mundo.

Isso porque as pesquisas indicam que a expansão da carga horária aumenta a ocorrência de acidentes e doenças. Segundo o balanço, o risco de cresce 34,4% no horário noturno e, no período entre as 00h00 e as 06h00, há 46% mais riscos de que o trabalhador cometa erros. À noite, o perigo cresce à partir da 9ª hora de trabalho, dobra à partir 12ª hora e triplica à partir da 14ª. Os dados mostram também que 48% dos motoristas confessaram que dormem ao volante, o que aumenta os riscos de acidentes de trajeto dos trabalhadores.

Mãos e punhos são os mais afetados pelas lesões, contabilizando 10,1% das ocorrências, sendo 7,1% casos de fratura. 5,4% são casos são de dores da coluna. De acordo com Brescovici, o número de acidentes é maior por haver subnotificação e pelo fato de os acidentes de trajeto serem registrados como sendo de trânsito. Os acidentes de trajeto representam 38% das ocorrências, atingindo trabalhadores com idades entre 20 e 29 anos.

O balanço apontou também um número expressivo de ocorrências entre trabalhadores temporários e não registrados.

Fonte: mt.Jusbrasil.com.br”

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

APOSENTADORIA ESPECIAL PARA SERVIDOR PÚBLICO COM DEFICIÊNCIA É APROVADA NA CCJ

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ do Senado aprovou o parecer, com Substitutivo, ao Projeto de Lei do Senado - PLS 250/05 Complementar, nesta quarta-feira, 23 de outubro, do senador Armando Monteiro (PTB/PE), que estabelece a aposentadoria especial para os servidores públicos com deficiência. O autor da proposta é o senador Paulo Paim (PT/RS).
O Substitutivo aprovado permite ao servidor com deficiência se aposentar após dez anos de serviço público e cinco anos no cargo em que se dará a aposentadoria. O tempo de contribuição deve ser de 25 anos, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de deficiência grave. Se for leve, o tempo será de 33 anos para homens e 28 anos para mulheres.
Agora o projeto segue para apreciação no Plenário do Senado.
Acesse o parecer do relatório aprovado aqui.


Fonte: SINAIT – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho

VIDAS PERDIDAS DURANTE O TRABALHO

A cada mês, ao menos uma pessoa morre de acidente de trabalho em Cascavel, desde 2011 foram 80 mortes na região...

Apesar de não parecer verdade, os números confirmam e apontam índices de acidentes de trabalho na região de cascavel elevados. De 2011 a 2013 ao menos 80 pessoas morreram devido a acidentes de trabalho nos 25 municípios atendidos pela 10ª Regional de Saúde. Só em Cascavel a 10ª Regional de Saúde cadastrou 45 óbitos por causas ligadas ao trabalho. Se tratando de acidentes graves, estes municípios atingem 1.122 acidentes registrados, sendo que 466 destes aconteceram em 2013. Em Cascavel 329 pessoas sofreram graves acidentes de trabalho durante este ano. Acidentes envolvendo, trânsito e máquinas lideram o ranking.
Crédito: João Guilherme/Gazeta do Paraná
Muitos trabalhadores acham que a utilização de materiais de segurança, em algumas situações, inviabiliza o trabalho. A equipe de reportagem da Central Gazeta de Noticias (CGN) da cidade de Cascavel PR, encontrou o trabalhador Wanderley Antunes coberto de pó de gesso, ele lixava uma parede sem máscara, sem óculos e sem luvas. “Tem trabalho que não dá para usar o material de segurança. Não adianta usar, os óculos sujam e eu não enxergo, não tem jeito, precisa ficar limpando, a máscara entope“, contou ele. Em entrevista ao CGN, Wanderley narra que à noite, quando chega do trabalho, não consegue assistir televisão, devido à ardência nos olhos que ficam irritados pelo pó. “O pó queima o olho, fica ardendo por dois, três dias”, disse. O trabalhador disse que trabalha como autônomo, mas que quando trabalhava para construtoras, ganhava o equipamento, mas não utilizava.
De acordo com o estudo “Poluição ambiental por exposição à poeira de gesso: impactos na saúde da população”, do pesquisador Marcílio Sandro de Medeiros, “a poeira de gesso tem uma ação irritante na membrana da mucosa do trato respiratório e dos olhos, desencadeando afecções tais como: conjuntivite, rinites crônicas, laringites, faringites, perda da sensação do olfato e do paladar, hemorragias de nariz e reações das membranas da traquéia e brônquicas dos trabalhadores expostos. Outros experimentos feitos com animais expostos à poeira do gesso evidenciaram o desenvolvimento de pneumonia e pneumoconiose intersticial, produzindo alterações na circulação sanguínea e linfática a nível pulmonar”. O que deixa claro que se Wanderley continuar insistindo em não utilizar os equipamentos de segurança, as consequências podem ser sérias.
Direito
A engenheira de Segurança do Trabalho do Sesi, Andrea Bosquiroli, explicou que no Brasil existem 36 normas regulamentadores sobre saúde e segurança no trabalho. Cada norma está direcionada para um assunto: trabalho na construção civil, com máquinas, com eletricidade... Entre estas normas, existe um ponto em comum: elas garantem que o trabalhador tenha o direito de negar determinada atividade do trabalho caso ele não se sinta seguro para isso. Essa segurança inclui desde os treinamentos e equipamentos necessários, até questões físicas e emocionais do indivíduo.
Por essas e outras é interessante que, mais que cumprir, o trabalhador conheça as normas de segurança direcionadas para o seu ofício. Estas normas definem inclusive as obrigações das empresas. A NR4 (Norma Regulamentadora) é a norma responsável por regulamentar a estrutura da empresa com relação à Segurança do Trabalho. Conforme ela toda e qualquer empresa, que possua ao menos um funcionário, precisa ter um programa de prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A partir daí, com base no número de funcionários e do risco do serviço envolvido, novas exigências surgem, inclusive quanto à contratação de profissionais da Segurança do Trabalho e da Saúde.
Fonte: Central Gazeta de Noticias – CGN

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

OMS CLASSIFICA A POLUIÇÃO DO AR NO MUNDO COMO CANCERÍGENA


A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou no dia 17 de outubro que catalogou a poluição do ar exterior como fator cancerígeno para os seres humanos. "O ar que respiramos tem sido contaminado por uma mistura de substâncias que provoca câncer", afirmou o doutor Kurt Straif, da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês).

"Agora sabemos que a contaminação do ar exterior não apenas é um risco maior para a saúde em geral, mas também uma causa ambiental de mortes por câncer". "Os especialistas concluíram que existem provas suficientes de que a exposição à poluição do ar provoca câncer de pulmão. Também notaram uma associação com um risco maior de câncer de bexiga", destacou a IARC em um comunicado.

Apesar da possibilidade de variação considerável na composição da contaminação do ar e dos níveis de exposição, a agência destacou que suas conclusões se aplicam a todas as regiões do mundo.

Os dados mais recentes da agência mostram que em 2010 mais de 223 mil pessoas morreram de câncer de pulmão relacionado com a poluição do ar.

Fonte: Revista Norminha

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

UMA ECONOMIA QUE CUSTOU CARO



Empresa terá que indenizar trabalhador em 100 mil reais por não ter pago cirurgia no valor de 6 mil reais quando o mesmo se acidentou provocando lesão no olho.

O fato de o empregador se recusar a arcar com os custos e esperar que o tratamento necessário fosse realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), houve demora na realização do procedimento e o trabalhador teve perda da visão do olho esquerdo, perdendo 30% de sua capacidade laboral.

Leia a matéria na integra aqui:

PROTEJA SUA PELE


terça-feira, 22 de outubro de 2013

A SEGURANÇA DO TRABALHO NA AGRICULTURA

A segurança no ambiente de trabalho – seja industrial, comercial ou agrícola – tem como princípio básico a proteção da integridade física e mental do trabalhador no desempenho de suas funções. A redução do índice de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho é um interesse de todos: sociedade, governo, empresas e empregados.

A busca por ambientes saudáveis e a proteção ao homem, faz com que as organizações e governos se preocupem cada vez mais com a saúde dos operários, para maior produtividade e menores custos, fazendo assim com que a Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho se torne uma estratégia competitiva.

O lucro do empregador pode aumentar ou diminuir de acordo com a sua dedicação a esta área tão importante e citada nos últimos anos.

Para mais esclarecimentos sobre o tema, segue abaixo entrevista realizada pelo Informativo Foco Rural com engenheiro de segurança do trabalho Ralph Wagner Marek.

Informativo Foco Rural (IFR): O que é Segurança do Trabalho e quais as principais atividades desenvolvidas por este setor?

Ralph Wagner Marek: Segurança do Trabalho (ST) é um conjunto de ciências e tecnologias que tem como objetivo a promoção da proteção ao trabalhador, buscando a eliminação ou a redução dos riscos existentes no local de trabalho. As principais atividades desenvolvidas pela ST estão relacionadas a prevenção de acidentes, promoção da saúde e prevenção de incêndios.

IFR: O que é Acidente de Trabalho?

Ralph: O Acidente de Trabalho é regido pela Lei Nº 8.213 da Previdência Social. No seu Artigo 19 define que o Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

IFR: O que é CIPA?

Ralph: A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um grupo composto por representantes indicados pelo empregador e membros eleitos pelos trabalhadores. Sua atuação busca a prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Os membros da CIPA observam e relatam as condições de risco nos ambientes de trabalho e auxiliam na solução das situações de riscos.

A CIPA é regulamentada pela Norma Regulamentadora 05 (NR-05) do Ministério do Trabalho e Emprego e sua composição é definida de acordo com o Grau de Risco da empresa classificado pelo seu Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e o número de empregados.

IFR: O que são Normas Regulamentadoras?

Ralph: As NRs como são conhecidas, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à Segurança e Medicina do Trabalho. Elas (NR) foram citadas no Capítulo V, Título II da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho e aprovadas pela Portaria Nº 3.214 de 8 de junho de 1978.

Por serem Normas Públicas, seu cumprimento é obrigatório por todas as empresas brasileiras regidas pela CLT. As NR são elaboradas e modificadas (atualizadas ou alteradas) por comissões específicas compostas por representantes do governo, empregadores e empregados (comissão tripartite).

Atualmente são 36 Normas Regulamentadoras e cada norma trata de um assunto específico. Elas abordam as obrigações dos empregados e dos empregadores; o uso de proteções coletivas e individuais; segurança para trabalho em altura, espaços confinados, construção, serviços em eletricidade, frigoríficos, agricultura; segurança em máquinas e equipamentos, caldeiras, vasos de pressão, fornos; condições sanitárias, entre outras.

IFR: E a Segurança do Trabalho na Agricultura?

Ralph: Em junho deste ano, a Revista Valor Econômico divulgou que o índice de produtividade agrícola brasileiro multiplicou-se 3,7 vezes de 1975 a 2010, o dobro da velocidade observada nos Estados Unidos. A projeção para a próxima safra (2014) que está se iniciando é que quase a metade da expansão da economia deste ano virá do agronegócio.

Essa liderança mundial na produção agrícola dá ao Brasil o título de maior consumidor de agrotóxicos no mundo, de acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Brasil contabilizou 14.988 acidentes de trabalho no setor agrícola conforme publicado no Anuário Estatístico da Previdência Social de 2011 – Previdência Social. Este índice ainda não revela quantos trabalhadores adoeceram ou morreram pela contaminação proveniente de agrotóxicos. Muitos são os casos que dão origem a ações trabalhistas, algumas das quais chegam até o Tribunal Superior do Trabalho, levando a indenizações por danos morais coletivos que já chegaram a R$ 200 milhões.

O trabalho agrícola apresenta riscos ocupacionais com gravidade variável, como a exposição a agrotóxicos, intempéries, desgaste físico, animais peçonhentos, ruído, poeira, calor, contato com máquinas e equipamentos.

IFR: Qual a sua mensagem para o leitor?

Ralph: Diariamente acompanhamos notícias de acidentes de trabalho graves, inclusive com mortes. É dever de todos nós colaborar com a segurança do trabalho. As estatísticas mostram que 90% dos acidentes de trabalho ocorrem por Atos Inseguros (não uso de proteção, excesso de confiança, brincadeiras, adaptações improvisadas); 5% por Fatores Pessoais (stress, cansaço, preocupação) e 5% por Condições Inseguras (ambiente desorganizado, falta de proteção em máquinas ou equipamentos).

A eliminação ou neutralização de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais é possível e deve ser estimulada diariamente.

Fonte: IFR - Informativo Foco Rural

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O USO DE ADORNOS NO LOCAL DE TRABALHO PODEM PROVOCAR ACIDENTES.


Muitas vezes não percebemos que nossas atitudes podem ser um fator determinante para criarmos um ambiente perigoso em nosso local de trabalho ou quando executamos certa atividade.

Certamente tal atitude não deve acontecer jamais. Mas, vale lembrar que às vezes, a falta de atenção e o descuido nos levam a ações que desnecessariamente levam ao acidente de trabalho permitindo que os riscos de acidente sejam cada vez mais comuns. É quando então deixamos de seguir os “Procedimentos de Segurança”. Os resultados serão totalmente negativos!

Deixar de seguir os procedimentos de segurança pode ser fatal, pelo simples fato de: usar anéis, aliança, brinco, relógio de pulso, corrente, pulseiras, camisa fora da calça, cabelo comprido sem prendê-los, mangas soltas, tênis ou calçado com cadarço desamarrado, barras de calça ou uniformes compridos ou ainda blusas folgadas durante o inverno.

Esses adornos e roupas fora dos padrões enquanto se executa determinada atividade devem ser evitados, ou até proibidos em certas situações. Principalmente quando o trabalho exige que o colaborador se aproxime de máquinas e equipamentos envolvendo o contato de suas mãos ou corpo com partes móveis. Por quê?

Porque além de comprometer a qualidade da matéria prima que está sendo produzida, pode levá-lo a um acidente fatal, como a perda ou mutilação dos membros como dedos, pés e cabeça. Para algumas atividades o uso de tais adornos pode causar acidentes gravíssimos que venham a comprometer a vida e a integridade física dos colaboradores.

Com certeza, já ouvimos relatos de acidentes que foram provocados pela utilização de anel, que ao descer de uma escada, veículo ou embalagens, o objeto enroscou provocando uma lesão grave ou perda do membro. Portanto, retirem-nos de seus dedos, eles representam elevado risco de lesões para suas mãos e dedos.

Ainda como exemplo de perigo, podemos citar os sapatos e sandálias de salto alto. A maioria das mulheres se veste muito bem e para completar sua elegância usam sapatos de salto alto para o trabalho. A chance de sofrer um grave acidente é grande. Veja um fato real: certa vez a colaboradora sofreu uma queda ao atravessar a rua das dependências internas da empresa. Motivo: a barra da calça enroscou no bico do sapato causando grave acidente de trabalho, danos a colaboradora e perda de tempo.

Exemplos assim, nos ajudam a mudar estes maus hábitos que muitas vezes são criados por nós mesmos e sem perceber caí na rotina. Embora sejam bonitos e atraentes deixando homens e mulheres elegantes, ao mesmo tempo são perigosos para a segurança dos colaboradores. A conscientização não é fácil, visto que, muitos são relutantes quanto ao uso de adornos. Mas vale ressaltar que elas não poderão utilizar estes adornos caso venham a faltar um de seus membros.

A melhor coisa a fazer, é evitar e usá-los somente quando estiver fora de suas atividades diárias e mesmo em situações típicas de nosso dia-a-dia toda atenção e cuidado é valida.

Fonte: DDS Online

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

SEMANA EUROPEIA DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 2013


Na Europa irá acontecer neste mês de outubro, “A Semana Europeia da Segurança e Saúde no Trabalho”, com objetivo de conscientizar empregadores e trabalhadores dos benefícios em prevenir a ocorrência de acidentes.

Gostei da ideia e acho que um evento como tal tem resultados positivos, pois em vários países, estados e cidades acontecerá uma atividade visando à prevenção de acidentes de forma simultânea e isso sem sombra de dúvidas muda comportamentos. Investir em segurança ou trabalhar de forma segura não negligenciando a própria segurança é uma questão de cultura, de comportamento de cada indivíduo. Por isso acredito que é preciso mudar estes comportamentos, e um evento desse nível com certeza irá contribuir muito.

Abaixo a matéria na  integra divulgando o evento:

“A Semana Europeia da Segurança e da Saúde no Trabalho dedicada a reforçar a segurança e a saúde nos locais de trabalho da Europa, constitui o maior evento de sensibilização nesta matéria. A Semana decorre entre 21 e 25 de outubro, sendo coordenada pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, de que a ACT é Ponto Focal Nacional, e posta em prática pelos seus parceiros dos 28 Estados-Membros da UE e de países terceiros.

A Semana Europeia tem por objeto a divulgação das mensagens essenciais da atual Campanha Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis com o lema «Juntos na Prevenção dos Riscos Profissionais». É de interesse essencial para as atividades da campanha e apresenta inúmeros eventos organizados em toda a Europa, salientando os benefícios da aplicação de uma boa liderança e da participação dos trabalhadores.

Christa Sedlatschek, Diretora da EU-OSHA, salienta que «os resultados mais eficazes na gestão e no reforço da segurança e da saúde de qualquer organização assentam no envolvimento ativo entre os trabalhadores e seus representantes e a direção - a liderança só por si não é suficiente. Empresas com uma maior participação dos trabalhadores, combinada com um maior empenho da direção têm uma probabilidade 10 vezes superior de disporem de uma política comprovada em matéria de segurança e saúde no trabalho (SST). Os benefícios de uma abordagem desse tipo são imensos, incluindo redução dos custos das empresas e aumento da produtividade, menos acidentes e melhor prevenção e controlo dos riscos no local de trabalho».

Emília Telo, coordenadora do Ponto Focal Nacional da EU-OSHA, refere ainda que «para os trabalhadores, trata-se de evitar danos causados pela sua atividade profissional. Para os empregadores trata-se de obter ajuda na identificação dos problemas reais, encontrar soluções adequadas e ter trabalhadores motivados».

As atividades desenvolvidas durante a Semana Europeia terão por objetivo incentivar os gestores a empenharem-se ativamente na redução dos riscos, e os trabalhadores, seus representantes e outras partes interessadas a trabalhar com a direção no sentido dessa mesma redução. Os Pontos Focais da EU-OSHA e os parceiros de campanha ajudam a coordenar a Semana e a organizar eventos em toda a Europa.

Em Portugal, estão já confirmadas várias iniciativas um pouco por todo o país:

22 outubro - Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Viana do Castelo)

Seminário “Segurança no Trabalho e Sustentabilidade”

23 outubro - Museu do Vinho (Anadia)

Seminário “Juntos na prevenção dos riscos profissionais”

24 outubro - Escola Superior de Educação Jean Piaget  (Almada)

Seminário “Novas Tendências em Segurança e Saúde no Trabalho”

25 outubro - Teatro de São Mamede (Santarém)

Congresso “Vertentes e desafios da Segurança”

25 outubro – AEVA - Escola Profissional (Aveiro)

Colóquio “Avaliação de Riscos”

30 outubro – Universidade Lusófona - Auditório Agostinho da Silva (Lisboa)

Seminário de Encerramento da Campanha Europeia 2012-2013

Para aceder ao comunicado à imprensa integral com informação mais detalhada, carregue aqui”.
Fonte: ACT – Autoridades Para as Condições do Trabalho

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PRODUTOS PERIGOSOS QUE ESTÃO DENTRO DAS NOSSAS CASAS

Quão tóxico é o nosso lar? Para um lar mais sadio e seguro precisamos reduzir nossa exposição a muitos produtos perigosos. Parece mentira, mas, o maior contato das pessoas com poluentes potencialmente tóxicos, são os seus lares. As principais fontes de poluição do ar nas casas são os gases de produtos comuns, como materiais de limpeza, repelentes de traças, materiais de construção, combustível, desodorantes, desinfetantes, bem como de substâncias químicas da lavagem de roupas a seco e de estofamentos sintéticos novos.
Assim, quando uma casa é hermeticamente fechada por causa do frio, a exalação de várias substâncias químicas pode contribuir para um nível de poluição interna muito maior do que a externa.
Infelizmente as crianças, principalmente as bem pequenas, são as mais vulneráveis a poluentes internos. Elas ficam mais perto do chão, respiram mais rápido do que os adultos passam mais tempo dentro de casa e, visto que seus órgãos ainda não amadureceram, seus corpos são mais suscetíveis a toxinas.
Reduzir a sua exposição e da sua família a toxinas potenciais não raro requer apenas algumas alterações simples no seu estilo de vida. A seguir, daremos algumas sugestões que poderá achar úteis.
Área de Serviço: Tente guardar a maioria dos produtos químicos que exalam vapores em lugares em que não contaminem o ar na sua casa. Por exemplo, esses produtos incluem os que contêm aldeído fórmico ou solventes voláteis, como tintas, vernizes, adesivos, inseticidas, alvejantes, álcool, gás de cozinha, fertilizantes e materiais de limpeza.
Banheiro: Mantenha todos os recintos bem ventilados, incluindo o banheiro. O chuveiro volatiliza certos aditivos como o cloro que talvez estejam presentes na água. Isso pode causar uma acumulação de cloro e até mesmo de clorofórmio. Cuidado com produtos armazenados no banheiro tais como remédios, perfumes, cosméticos e desodorizantes de ambiente. Privadas também são muitas vezes negligenciados e se tornam automaticamente um abrigo para baratas e moscas.
Sala: Limpe os pés antes de entrar em casa. É um gesto simples, mas que pode ser muito útil e pode reduzir em até seis vezes a quantidade de chumbo e a concentração de inseticidas num carpete típico. Uma opção, é tirar os sapatos ao entrar na casa ou um bom aspirador de pó, pode ser a solução para reduzir a poluição em carpetes. Cuidado com as bebidas alcoólicas e com as plantas ornamentais, não deixe que crianças fiquem perto desses produtos.
Quarto: Se você aplicar inseticida num quarto, mantenha os brinquedos fora do quarto por pelo menos duas semanas, mesmo que na embalagem do produto informe que o quarto estará seguro algumas horas depois da aplicação. Mantenha mínimo o uso de inseticidas, naftalinas e perfumes.
Cozinha: A água é essencial para a vida, mas a água contaminada pode ser uma fonte de doenças e morte. Na dúvida, ferva a água para beber. Se você quiser usar alvejantes ou outros produtos químicos misturado com água, cuidado, eles podem ser perigosos se não forem usados corretamente. Cuidado com os desentupidores, desengorduradores de fogões,
desinfetantes, sabões e detergentes, deixe longe do alcance de crianças e em local que elas não tenham acesso.
Ambiente Geral: Remova todas as pinturas lascadas, se forem de tinta que contém chumbo, repinte-as com tinta sem chumbo. Não permita que as crianças brinquem em entulhos contaminados com tinta que contém chumbo. Não permita que crianças mexam em materiais eletro energizados, eles ocasionam risco de intoxicação e envenenamento.
Alerta contra os pesticidas - Inseticidas para matar baratas, papel pega-moscas, aerossol para matar pulgas, bolinhas de naftalina e produtos semelhantes contêm produtos químicos tóxicos. Além de provocar milhares de envenenamentos por ano, muitos podem, com o tempo, estragar a saúde.
Portanto, muita atenção aos produtos perigosos presentes dentro das nossas casas, pois, a utilização destes produtos pode trazer perigos sérios se não houver cuidados na sua utilização. Esses cuidados devem ser observados por todos os membros de sua família.
Fonte: DDS Online